domingo, 27 de novembro de 2022

Como Devem Ser As Atividades Para Alunos Com Autismo

Como Devem Ser As Atividades Para Alunos Com Autismo

    


    Olá! Seja muito bem vindo(a)! Hoje refletiremos sobre como devem ser as atividades propostas para os alunos com autismo. Boa leitura!

   O aluno com necessidades educacionais especiais, por apresentar autismo, precisa ser ajudado a adquirir conhecimentos que os outros alunos aprendem naturalmente, por isso a importância da seleção de atividades.

   Alguns pontos que devem ser considerados na seleção de atividades a serem propostas para esses alunos:

  • esse  aluno não aprende por meio da exploração. Portanto, todas as atividades propostas devem visar sempre o aprendizado ou o desenvolvimento da independência;
  • a independência é um aprendizado, já que esse aluno tem muita dificuldade em fazer escolhas. Mesmo as atividades independentes, durante muito tempo, devem ser dirigidas, isto é, o aluno deve aprender a fazer as atividades sozinho, mas elas devem ser colocadas em um rotina de trabalho. Se deixarmos a criança escolher, provavelmente ficará andando pela sala sem preocupar-se com uma atividade produtiva;
  • as atividades devem ser solucionadas para atender a dois objetivos:
- independência - neste caso, a atividade selecionada deve ser possível de ser executada facilmente pela criança, sem ajuda, com apoio apenas da organização dos materiais;

- aprendizado - neste caso, aluno e professor se sentam frente a frente para que o professor possa ensiná-lo;
  • as atividades propostas devem ser muito curtas no início, pois a resistência ao tempo de trabalho faz parte do aprendizado;
  • cuidado para que a atividade proposta não contenha mais de uma proposta nova por vez;
  • as atividades devem ser organizadas de forma a comunicar visualmente;
  • no início, a criança nunca deverá desfazer um trabalho que acabou de fazer;
  • lembrar sempre que, se for ensinar uma nova rotina a uma criança, deve escolher uma atividade muito fácil para que você e ela possam concentrar-se na rotina;
  • a atividade deve ser feita sempre no mesmo sentido da escrita, ou seja, da esquerda para a direita e /ou de cima para baixo. Deve-se ter um cuidado especial na situação de aprendizado para não alterar essa ordem. Isso é apenas uma convenção para simplificar as atividades para o aluno.

   No próximo Post veremos as alterações do comportamento adaptativo da criança com autismo. Abraços inclusivos e até lá!😏

                                                                                               Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Meu Aluno Tem Autismo. Como Devo Organizar A Sala De Aula?

Meu Aluno Tem Autismo. Como Devo Organizar A Sala De Aula?


      Olá! Seja muito bem vindo(a) ao post de hoje, onde veremos como o  professor deve organizar a sala de aula levando em conta as necessidades de organização de cada um de seus alunos.

   Obrigatoriamente, a sala de aula deve contemplar espaços divididos de forma a atender: o aprendizado, que deve ser individual, isto é, o professor ensinando apenas a um aluno; o trabalho independente, ou seja, uma mesa para cada aluno, onde ele executará, de forma independente, uma atividade que já tenha aprendido com o professor; e um espaço de descanso entre as atividades, onde os alunos possam executar atividades livres, mas com postura adequada.

   Os materiais, tanto em situação de aprendizado como de trabalho independente, devem ser apresentados em quantidade que resulte em uma extensão de trabalho adequado para cada aluno, sempre observando que, inicialmente, a quantidade de material apresentado deve ser mínima e a apresentação deve obedecer estritamente à norma de apresentar claramente a proposta esperada de trabalho, incluindo inclusive um modelo da tarefa a ser executada.

     Resumimos abaixo as principais questões da organização da sala:

     Aprendizado:

  • A situação de aprendizado ocorre em uma mesa para duas pessoas, na qual professor e aluno geralmente sentam-se um em frente ao outro.
  • A mesa e os materiais devem estar organizados de forma que o aluno compreenda com facilidade o que deve fazer.
  • Antes de dar as instruções, o professor deve certificar-se de que o aluno esteja o mais atento possível. A hierarquia de instruções pode ser a seguinte:
- Comunicação visual, ou seja, a organização dos materiais por si só fornece a indicação do que deve ser feito.
- Apoio verbal - instrua verbalmente o aluno de forma clara e concisa.
- Demonstração - Se o aluno não compreendeu a proposta de trabalho por meio da organização dos materiais e do apoio verbal, você deve executar a atividade na frente dele, devagar e com clareza e verificar se depois disso ele tenta executar a tarefa.

     Por último, se as opções anteriores tiverem falhado, apoie o aluno na execução correta da tarefa.
  • O professor deve utilizar a linguagem no nível de compreensão da criança e utilizar a comunicação verbal mínima necessária para cada situação de aprendizado.
  • O professor deve estar atento para não permitir que o aluno responda de forma incorreta, indicando e apoinado sempre que necessário.
  • O professor deve reagir de maneira consistente a problemas de comportamento do aluno, evitando, sempre que possível, que esses problemas apareçam.
  • O professor deve preocupar-se em deixar à disposição de cada aluno recursos por meio dos quais ele possa pedir ajuda.

     Trabalho independente:
  • a sala deve ser organizada e identificada de modo que o aluno possa dirigir-se sozinho ao local de trabalho independente;
  • a sala deve ser organizada de forma que o professor possa visualizar com facilidade todos os alunos que estão executando, em suas mesas, um trabalho independente;
  • as atividades de trabalho independente devem estar disponíveis ao lado das áreas de trabalho (sempre à esquerda). Para isso, muitas vezes é colocada em frente a uma parede por dois motivos: eliminar todos os fatores que possam desviar a atenção do aluno e permitir que se fixe um painel na parede, sempre que for compreensível para o aluno, que indique as atividades que vão ser executadas, a ordem de execução e para onde o aluno deve dirigir-se ao terminar a execução das atividades propostas;
  • cada aluno da sala de aula pode ter uma mesa de trabalho independente ou pode passar mais de um aluno por uma mesma mesa. Nesse caso, o painel em frente à mesa, se houver, poderá ter uma linha de fotos para cada aluno. Essa linha, terá a foto do aluno e as atividades que ele deverá executar;
  • quando possível, os materiais devem estar em um local centralizado com informações para que os alunos possam localizá-las.

A rotina diária:

  • deve ser organizada de forma a ser adequada para cada aluno;
  • deve estar clara para o professor e ser claramente comunicada para cada aluno.

     No próximo Post, veremos como as atividades devem ser propostas. Um beijo no seu coração e até lá!😏

Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

     

domingo, 6 de novembro de 2022

Adaptações Do Currículo Do Aluno Com Autismo

Adaptações Do Currículo Do Aluno Com Autismo



     Olá! Seja bem vindo(a) à este blog!

     Na verdade, o programa que a criança com autismo deve seguir é exatamente o mesmo do que uma criança sem autismo, com três importantes ressalvas:

  • a criança com autismo necessita que lhe sejam ensinadas coisas que a criança típica aprende sozinha. Portanto, o programa deve incluir o ensino de coisas que não precisam ser ensinadas a uma criança típica;
  • o perfil de desenvolvimento dessa criança é irregular, e o ensino deve respeitar esse perfil de desenvolvimento;
  • essa criança também pode apresentar problemas de comportamento graves e difíceis de compreender.
     Esses problemas de comportamento podem ser desencadeados por três fatores principais, que podem ser facilmente corrigidos:
  • problemas de comunicação, ou seja, a criança não consegue compreender o que se espera dela, e se o que lhe está sendo solicitado tem um fim e o que vai ocorrer depois. Resumindo, tanto a linguagem do professor quanto a organização do ambiente são incompreensíveis para a criança;
  • a atividade proposta é excessivamente fácil;
  • a atividade proposta é excessivamente difícil ou demorada.

     2.2 - Informações que a escola deve ter para poder ajudar seu aluno

  • A educação é uma das formas mais efetivas para ajudar essa criança.
  • Esse aluno pode aprender tanto em uma sala de aula especial como em uma sala de aula regular, especialmente se ele for pequeno, mas são necessárias adaptações e pode ser que se faça necessária a presença de um professor auxiliar, principalmente no início do processo de inclusão escolar ou em algumas atividades especiais.
  • Esse aluno não aprende sozinho a maioria das atividades propostas que os outros alunos conseguem aprender por meio da experiência.
  • O professor pode se impressionar com a capacidade de aprender desse aluno quando a forma de ensino adotada for a adequada para o aluno.
  • A comunicação verbal é um dos problemas desse aluno e portanto, o ensino não pode ser baseado em explicações por meio da linguagem verbal.
  • A comunicação professor-aluno deve estabelecer-se de forma que o professor se dirija ao aluno com poucas palavras, claras e concretas; de preferência, no começo, apenas com substantivos. A linguagem deve avançar à medida que o professor tenha certeza de que a compreensão de seu aluno avançou.
  • Fazer escolhas é outro problema específico. Portanto, por um bom tempo, o que vai ser ensinado deverá ser colocado totalmente na rotina do aluno. Nunca se deve deixar a escolha a critério do aluno, pelo menos até que o professor tenha se certificado que o aluno aprendeu a fazer escolhas.
  • O professor deve ensinar seu aluno com autismo a aprender.
  • O professor deve trabalhar com a colaboração da família.
  • O efeito positivo dos outros alunos e das outras pessoas sobre o aluno com necessidades educacionais especiais, somente vai surgir depois que esse aluno começar a adquirir a consciência de si mesmo e isso só acontece à medida que seu desenvolvimento cognitivo avançar. Situações sociais sem sentido não devem ser forçadas. As atividades sociais devem ser apresentadas da mesma forma que todos os outros programas, em pequenos passos, vagarosamente, com constância e persistência.
  • Limites claros e firmes são muito importantes e devem estar sempre presentes.
  • Ambiente, horários e materiais organizados e claros são muito importantes.
  • Se o programa educacional for elaborado adequadamente, a probabilidade de aparecerem problemas de comportamento diminui drasticamente.
  • Assim como um aluno deficiente visual precisa de uma escrita especial, o aluno com necessidades educacionais especiais decorrrentes do autismo precisa de um sistema de comunicação que possa entender.

     No próximo Post veremos a estruturação do ensino. Abraços e até lá!😏

                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

sábado, 29 de outubro de 2022

Adaptações Na Sala Regular Para Receber O Aluno Com Autismo

 



     Olá! Seja bem vindo(a)! Hoje veremos como podemos receber o aluno com autismo em nossa sala de aula de ensino regular.

     Alguns pontos importantes:

  • o professor deve sempre se certificar de ter a atenção desse aluno, tomando cuidados como: sentá-lo na primeira fila, falar seu nome várias vezes durante a aula e verificar seus cadernos várias vezes para ter certeza de que está executando as devidas tarefas;
  • o aluno com autismo, pode apresentar dificuldades de organização e de memorização de suas responsabilidades. Portanto, pode ser necessário ter um roteiro especial de apoio à organização do aluno, como uma agenda ou um caderno com fotos das atividades. No caso das salas da educação infantil, uma agenda contendo o roteiro dos trabalhos do dia em forma de fotos é quase indispensável;
  • embora não seja aconselhável que o aluno tenha um acompanhante exclusivo, pode ser que necessite de um acompanhante para ajudá-lo nos primeiros dias a organizar-se de acordo com a rotina da sala ou em algumas atividades específicas, como por exemplo, em aulas de educação física;
  • embora nem a rotina original da sala nem o "currículo" devam sofrer alterações para receber o aluno com deficiência, outras atividades devem ser incluídas para facilitar a interação desse aluno com os outros alunos da sala e vice-versa, como montar uma escala de tarefas para os alunos da sala que inclua o aluno com autismo, para atividades como ajudar a servir o lanche ou distribuir materiais para os outros alunos;
  • a autoridade do professor é a segurança desse aluno. Até que o professor não o compreenda totalmente e não tenha a situação sob controle, ele não deve falar excessivamente com o aluno, sob pena de ter de enfrentar mais tarde problemas de comportamento que podem, inclusive, comprometer o aprendizado da criança;
  • se o aluno apresentar, em situação de trabalho, algum tipo de esteriotipia (movimentos repetitivos) ou ecolalia (repetição de palavras ou frases), o professor deve tentar interromper a situação, dirigindo a atenção do aluno novamente para a atividade na qual ele deveria estar envolvido ou para alguma atividade com sentido;
  • a colaboração estreita da família, tanto para os trabalhos de casa como para resolver eventuais problemas, é muito importante, assim como o apoio do professor responsável.

1.3 - Estratégias para estimular a interação do aluno com austismo com os outros




     É importante que o professor seja realista quanto às dificuldades de seu aluno com deficiência. Uma das maiores dificuldades, em geral, é a dificuldade de interação desse aluno com os colegas.

     É muito comum, em salas de educação infantil, que as meninas tendam aproteger e amparar esse aluno. Esse comportamento deve ser incentivado com naturalidade. A interação não deve ser imposta, mas deve ser incentivada e se necessário, estimulada por meio de algumas estratégias.

     Nos programas desenvolvidos para o apoio à inclusão escolar da criança autista devem ser planejadas atividades nas quais um colega:
  • ofereça-lhe coisas interessantes, como comidas ou brinquedos;
  • ofereça-lhe ajuda;
  • peça-lhe ajuda;
  • faça-lhe algum elogio (elogie um desenho ou atividade executada com sucesso);
  • dê-lhe sinais de afeto, tal como levá-la pela mão ao parque;
  • faça-lhe perguntas;
  • obtenha a sua atenção;
  • persista até obter a resposta da criança autista.
     Jogos, nos quais cada aluno tenha que esperar sua vez são importantes para todas as crianças.

     No próximo post veremos como se dão as adaptações do currículo. Abraços e até lá!😏

                                                                                                                   fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.
     


 







 



sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Escola - Adaptações



A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Escola - Adaptações





     Olá! Seja muito bem vindo(a)!

    A prioridade de todas as crianças com necessidades educacionais especiais é seu desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento social virá mais tarde, quando possível.

     Acredita-se que a inclusão de crianças com necessidades educacionais por apresentarem autismo deve ser realizada de modo criterioso e bem orientado, o que vai variar de acordo com as possibilidades individuais de cada aluno.

    Para viabizilar a inclusão na escola regular é indispensável contar com salas de apoio e professores especializados para que seja realizada com êxito a inclusão desses alunos.

     Esse professor especializado não necessita ser exclusivo de uma escola, podendo atender a um grupo de escolas, mas deve ser especializado e saber realizar avaliações, organizar sistemas de trabalho, avaliar sua eficiência, avaliar problemas de comportamento e definir estratégias, mas principalmente deve saber demonstrar, atuando diretamente com a criança, tudo que quer transmitir ao professor.

     O primeiro passo para a inclusão desse aluno consiste na aplicação pelo professor, de uma avaliação. A avaliação é necessária para definir os apoios que atendam às necessidades específicas de cada aluno.

     Para poder tomar a decisão de realizar a inclusão com sucesso desse aluno em uma sala do ensino regular, devem ser observados três pontos:

  • o primeiro é que o aluno deve ser inserido preferencialmente, em uma sala de aula que tenha alunos cuja média de idade seja a mesma de sua idade cronológica. O máximo que a idade cronológica do aluno inserido pode ultrapassar a idade média dos outros alunos da sala de aula é de dois anos;
  • o segundo é que o aluno deve ser inserido em uma sala com nível de desenvolvimento semelhante ao dele;
  • o terceiro é que se deve evitar o aparecimento, no ambiente de sala de aula, de problemas de comportamento que comprometam a convivência dessa criança, ou que tais problemas, se aparecerem, tendam à extinção por meio da interferência rápida do professor, com apoio do responsável.

1. O aluno especial em sala comum do ensino regular

1.1 - Preparação dos alunos para receber o colega com necessidades educacionais especiais

     As perguntas dos outros alunos devem ser respondidas à medida que forem  feitas, sem acrescentar nada mais à estrita resposta do que foi perguntado, mas o professor deve estar muito atento ao surgimento espontâneo de situações que envolvam rejeição.

    Cada situação deve ser tratada estritamente no contexto em que apareceu; se o contexto for individual deve ser programada uma conversa com o aluno que trouxe o problema, mas se for coletivo, deve ser programada uma conversa com toda a sala, tomando-se o cuidado de encarregar o aluno com necessidades educacionais especiais, de alguma tarefa externa para evitar constrangimentos.

     Essa conversa coletiva com a sala deve ser pautada por dois princípios básicos:
  • a conversa deve girar estritamente em torno da diferença do aluno relativa ao incidente a ser discutido;
  • a conversa sempre deve incluir alguma outra diferença desse aluno que possa implicar na admiração de seus colegas, como por exemplo, alguma habilidade extraordinária que ele apresente, seja na área musical, seja em relação à memória, desenho etc.
     No próximo post, daremos continuidade falando sobre as adaptações na sala para receber o aluno com autismo. Até lá!😏

                                                                                                                   fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC. 
     


quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Rede Regular De Ensino


A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Rede Regular De Ensino


     Ao longo das duas últimas décadas, o mundo vem discutindo, no campo da educação, o que vem a ser inclusão e como fazê-la.

  Considerando a prioridade de todas as crianças com necessidades educacionais especiais é seu desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento social virá mais tarde, quando possível. 

   Acreditamos que a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais por apresentarem autismo deva ser realizada de modo criterioso e bem orientado, que vai variar de acordo com as possibilidades individuais de cada aluno.

     Para viabilizar a inclusão na escola regular é indispensável contar com salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado) e professores especializados para que seja realizada com êxito a inclusão desses alunos.

     Não é necessário que esse professor seja exclusivo de uma escola, podendo atender a um grupo de escolas. Deve ser especializado e saber realizar avaliações, organizar sistemas de trabalho, avaliar sua eficiência, avaliar problemas de comportamento e definir estratégias, mas principalmente deve saber demonstrar, atuando diretamente com a criança, tudo que quer transmitir ao professor.

     O primeiro passo para a inclusão desse aluno consiste na aplicação pelo professor especializado, da avaliação do aluno.

     A aplicação da avaliação é essencial para definir os opoios que atendam às necessidades específicas de cada aluno, lembrando que esse aluno deve ser inserido preferencialmente, em uma sala que tenha alunos cuja média de idade seja a mesma de sua idade cronológica.


     O Aluno Especial Em Sala Comum Do Ensino Regular

1.1 - Preparação dos alunos para receber o colega com necessidades educacionais especiais

     Perguntas dos outros alunos devem ser respondidas à medida que forem feitas, sem acrescentar nada mais à estrita resposta do que foi perguntado, mas o professor deve ficar atento ao surgimento espontâneo de situações que envolvam rejeição. 

   Cada situação deve ser tratada estritamente no contexto em que apareceu; se o contexto for individual, deve ser programada uma conversa com o aluno que trouxe o problema, mas se for coletivo, deve ser programada uma conversa com toda a sala, tomando-se o cuidado de não constrangir o aluno com deficiência.

     Essa conversa coletiva com a sala deve ser pautada por dois princípios básicos:

  • a conversa deve girar estritamente em torno da diferença do aluno relativa ao incidente a ser discutido;
  • a conversa sempre deve incluir alguma outra diferença desse aluno que possa implicar na admiração de seus colegas, como por exemplo, alguma habilidade extraordinária que ele apresente, seja na área musical, seja em relação à memória, desenho, etc.

1.2 - Adaptações na sala para receber o aluno

     Alguns pontos importantes:
  • o professor deve sempre se certificar de ter a atenção desse aluno, tomando cuidados como: sentá-lo na primeira fila, falar seu nome várias vezes durante a aula e verificar seus cadernos várias vezes para ter certeza de que ele está executando as tarefas;
  • o aluno com deficiência, por apresentar autismo, pode apresentar dificuldades de organização e de memorização de suas responsabilidades. Portanto, pode ser necessário ter um roteiro especial de apoio à organização do aluno, como uma agenda ou um caderno com fotos das atividades. No caso das salas de educação infantil, uma agenda contendo o roteiro dos trabalhos do dia em formas de fotos ou um roteiro que fique à mostra na parede quase indispensável;
  • embora não seja aconselhável que o aluno tenha um acompanhante exclusivo, pode ser que necessite de um acompanhante para ajudá-lo nos primeiros dias a organizar-se de acordo com a rotina da sala ou em algumas atividades específicas, como por exemplo, em aulas de educação física;
  • embora nem a rotina original da sala de aula nem o "currículo" devam sofrer alterações para receber o aluno deficiente, outras atividades devem ser incluídas para facilitar a interação desse aluno com os outros alunos da sala e vice-versa, como montar uma escala de tarefas para os alunos da sala que inclua o aluno com deficiência, para atividades como servir o lanche ou distribuir materiais para os outros alunos;
  • a autoridade do professor é a segurança desse aluno. Até que o professor não o compreenda totalmente e não tenha a situação sob controle, ele não deve falar excessivamente com o aluno, sob pena de ter de enfrentar mais tarde problemas de comportamento que podem, inclusive, comprometer o aprendizado da criança;
  • se o aluno apresentar, em situação de trabalho, algum tipo de estereotipia (movimentos repetitivos) ou ecolalia (repetição de palavras ou frases), o professor deve interromper a situação, dirigindo a atenção do aluno novamente para a tividade na qual ele deveria estar envolvido ou para alguma atividade com sentido;
  • a colaboração estreita da família, tanto para os trabalhos de casa como para resolver eventuais problemas é muito importante, assim como o apoio do professor responsável.

1.3 - Estratégias para estimular a interação do aluno deficiente com os outros alunos

     É importante que o professor seja realista quanto às dificuldades de seu aluno deficiente. Uma das maiores dificuldades, em geral, é a dificuldade de interação desse aluno com os colegas.

     É muito comum em salas de pré-escola, que as meninas tendam a proteger e amparar esse aluno. Esse comportamento deve ser incentivado com naturalidade. A interação não deve ser imposta, mas incentivada e se necessário for, estimulada por meio de algumas estratégias.

     Nos programas desenvolvidos para apoio à inclusão escolar da criança autista devem ser planejadas atividades nas quais um colega:
  • ofereça-lhe coisas interessantes, como comidas ou brinquedos;
  • ofereça-lhe ajuda;
  • peça-lhe ajuda;
  • faça-lhe algum elogio (elogie um desenho ou atividade executada com sucesso);
  • dê-lhes sinais de afeto, tal como levá-la pela mão ao parque;
  • faça-lhe perguntas;
  • obtenha a sua atenção;
  • persista até obter a resposta da criança autista.
     Jogos, nos quais cada aluno tenha que esperar sua vez são importantes para todas as crianças.

   Por outro lado, deve ser incentivado que a criança autista seja responsável por alguma atividade importante, tal como distribuição de material ou lanche.

   No próximo post, veremos como funciona o currículo para o aluno autista e o que a escola e o professor precisam fazer. Até lá!😊

                                                                                                                                                                                                fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

O Desafio Da Construção Do Conhecimento Da Criança Autista


O Desafio Da Construção Do Conhecimento Da Criança Autista


     Olá! Seja bem vindo(a)! 

   Hoje veremos o grande desafio na construção do conhecimento da criança com autismo, que é a integração das habilidades adquiridas.

     O processo que conduz a essa integração passa pela estimulação simultânea do desenvolvimento em todas as áreas, mesmo que cada área se encontre em um ponto inicial diferente de desenvolvimento e pela relação dessas habilidades com as questões da vida diária.

     Alguns fatores porém, dificultam a evolução dessa criança, tais como: birras, gritos, recusa em engajar-se nas atividades, ou choros aparentemente sem motivo.

     Saber colocar limites é importante e a forma de colocá-los deve ser muito bem avaliada. Primeiro é importante saber que colocando-se limites adequadamente pode-se melhorar as condições de aprendizado e sociabilização da criança.

     Um dos recursos mais bem sucedidos é ignorar o comportamento inadequado, não interrompendo as atividades, mas talvez tornando-se mais curtas e elogiando a criança sempre que ela tiver um comportamento inadequado.

     Integrar o conhecimento é uma das tarefas que exige bom senso do professor.


     A Expressão Dos Sentimentos, Afetos E Emoções

     Para uma criança com necessidades educacionais especiais, os sentimentos e emoções são muito confusos para uma criança. Além dos sentimentos confusos, a comunicação, tanto receptiva quanto expressiva, também é difícil.

     Essas crianças podem chorar repentinamente sem causa aparente e a tentativa de consolá-las pode resultar totalmente frustada ou pode desencadear um processo no qual a criança chore sempre que se encontrar em uma determinada situação, para desencadear determinado sentimento no professor.

     O primeiro passo é ajudar essa criança a se organizar e se desenvolver, para que ela possa relacionar-se consigo mesma, perceber que existe alguma consistência em seus gostos e que há coisas que a agradam e coisas que a desagradam. O caminho do desenvolvimento cognitivo é o caminho do desenvolvimento da consciência.


     Uso Da Linguagem Expressiva

     Algumas dessas crianças não vão falar nunca. Precisamos ter isso em mente desde o começo.

     Apesar disso, devemos nos empenhar para que todas aquelas que têm condições adquiram uma, ou alguma linguagem verbal expressiva.

     A comunicação com figuras ajuda muito, pois associa a palavra a um objeto ou pessoa concreta e conhecida.

   É importante introduzr a linguagem aos poucos, apoiando-se em ações e objetos concretos, conhecidos e muito claros e avançando de acordo com as possibilidades das crianças.


A Linguagem Pictória E Representativa

   Existe uma gama de  possibilidades no desenvolvimento da linguagem pictória e representativa dessas crianças que são afetadas pelas dificuldades no uso da imaginação.

     Podemos encontrar crianças que nunca tentaram representar a realidade por meio de traços no papel e outras com uma forte tendência a desenhar tudo o que lhes chama a atenção, de forma extremamente detalhada e obsessiva.

     É importante pensar que , no segundo caso, o desenho tem de ocupar um tempo não demasiadamente grande a ponto de prejudicar o contato da criança com o ambiente. 

    Isso às vezes é difícil e algum meio de negociação tem que ser encontrado para que a criança não seja prejudicada no seu aprendizado e contato com o meio.

    O primeiro caso é definitivamente o mais difícil, principalmente em crianças que não apresentam Deficiência Intelectual. É muito comum uma criança com autismo aprender a ler por conta própria antes dos quatro anos de idade, mas nunca conseguir aprender a escrever por não ter habilidade para segurar um lápis e não tentar nem mesmo fazer um rabisco.


     fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

Atividades Para Fazer Com As Crianças Durante As Férias

  Atividades Para Fazer Com As Crianças Durante As Férias    Olá! Seja bem-vindo(a)!    As férias escolares são um período de oportunidades ...