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sábado, 18 de maio de 2024

O Processo De Aprendizagem Do Aluno Com Deficiência Intelectual

 O Processo De Aprendizagem Do Aluno Com Deficiência Intelectual


    Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo, refletiremos sobre como se dá o processo de aprendizagem do aluno com deficiência intelectual.

     O acesso do estudante com deficiência intelectual na escola regular, numa perspectiva inclusiva, deve desencadear um processo inovador de criação no segmento pedagógico, buscando procedimentos de ensino, estratégias metodológicas e didáticas capazes de atingir o potencial de cada um dos alunos, sempre respeitando suas diferenças e levando-os à inserção no mundo cultural em geral.

   Infelizmente, observa-se que as práticas escolares convencionais não dão conta de atender à deficiência intelectual, em todas as suas especificidades, assim como não são pertinentes às diversas maneiras dos alunos, com qualquer deficiência, abordarem e entenderem um conhecimento de acordo com suas capacidades. 

     Assim, nas últimas décadas as estratégias de aprendizagem têm adquirido uma importância cada vez maior na prática educativa, sendo necessário que o professor possa planejar variadas estratégias de ensino e aprendizagem, pois o planejamento é o fio condutor deste processo e proporciona ao aluno a construção do conhecimento por diversos caminhos, ou seja, os alunos têm diferentes estilos de aprendizagem.

     Vale ressaltar que não existe um método ideal para o direcionamento das atividades para os alunos com deficiência intelectual, porém, é necessário refletir constantemente sobre o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, sobre a própria prática docente e sobre as oportunidades de interação do aluno com o objetivo de conhecimento, a fim de avaliar a eficácia das estratégias, bem como propor adaptações ou alteração de procedimentos.

      Quanto mais diversificados e adequados forem os métodos de ensino, menores serão as barreiras de aprendizagem.

    Com frequência, o professor deverá refletir sobre seu trabalho no ambiente de sala de aula, analisando as possíveis mudanças na sua programação pedagógica, buscando rever sua prática de maneira que possa se responsabilizar pelas demandas educacionais dos alunos, para isso, deve indagar-se:

  • Quais são os motivos pelos quais o estudante não conseguiu  elaborar uma determinada informação quando foi utilizada uma metodologia exclusiva?
  • Quais foram os sistemas intelectuais que o estudante elaborou ou não, para culminar na seguinte contraposição?
  • Quais são os conhecimentos adquiridos por este aluno a respeito deste tema?
  • O que ele desconhece, mas está processando informações pertinentes?
  • Que outras metodologias educacionais eu, professor (a), devo colocar em prática para intervir na estruturação desse conhecimento?
     O professor, ao planejar suas atividades para os alunos com deficiência intelectual, deve observar que é preciso conhecer o aluno nos seguintes aspectos: sua realidade familiar e social; as características pessoais; os interesses e peculariedades; o processo de aprender de cada um; necessidades de aprendizagem significativa; o que ele já sabe e o que precisa aprender.

     Deste modo, há várias estratégias didáticas que o professor poderá estabelecer em sala de aula para o desenvolvimento da sua prática com o aluno deficiente intelectual, dentre elas:

  • O jogo como estratégia de ensino, permitindo o ensino de habilidades como: classificação, ordenação, estruturação, resolução de problemas e estratégias de leitura e escrita.
  • A utilização do computador como ferramenta de aprendizagem deste estudante. Por meio deste recurso, o aluno entra em contato com o mundo virtual, descobrindo inúmeras possibilidades para novos conhecimentos, fazendo buscas em sites, trocando informações e ampliando suas redes de amizades mediante trocas de e-mail.
  • O trabalho com cartazes: por meio do cartaz o aluno consegue visualizar os trabalhos, facilitando a compreensão e a memorização;
  • Ateliês, cantinhos, oficinas, onde o aluno poderá realizar atividades diversificadas em sua sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte, pintura, desenho, dentre outras atividades;
  • Dramatizações com músicas, teatros e leituras;
  • Trabalhos e atividades que auxiliam no desenvolvimento de habilidades adaptativas como: sociais, de comunicação, cuidados pessoais, autonomia, etc;
  • O trabalho em sala de aula, para que o aluno se sinta aceito, acolhido, fazendo parte do contexto. É indispensável que haja um trabalho em conjunto com a sala e demais alunos, estimulando o bom relacionamentoe cooperação de todos na sala de aula, favorecendo o desenvolvimento da autoestima e o potencial de cada aluno, no respeito as suas diferenças;
  • Trabalhar juntamente com o aluno na autocorreção de suas atividades e tarefas realizadas.
     Observando estes aspectos, o professor pode organizar um bom planejamento voltado para a diversidade do aluno e que contemple suas reais demandas e potencialidades de aprendizagem, para que assim, eles possam aprender e deste modo, se desenvolverem como cidadãos.

     No próximo post, veremos a questão da avaliação da aprendizagem com os alunos com deficiência intelectual. Até lá!😏

     

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