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terça-feira, 28 de maio de 2024

Jean Piaget: Fases Do Desenvolvimento - Períodos Sensório-Motor, Pré-Operatório E Concreto

Jean Piaget: Fases Do Desenvolvimento -
 Períodos Sensório-Motor, Pré-Operatório E Concreto



   Olá! Seja bem vindo(a)! 

    No post anterior, vimos sobre a relação do sujeito com os objetos do mundo físico é uma relação de equilibração. Isto quer dizer que o processo de conhecer tem início com o desequilíbrio entre o sujeito e a sua realidade.

    Os objetos apresentam um problema ou desafio para o sujeito, gerando um desequilíbrio. Este desequilíbrio leva o sujeito a agir sobre o objeto com o propósito de restabelecer o equilíbrio. A estabilidade na verdade, nunca é definitiva, pois o mundo está sempre em mudança e sempre apresentando novos objetos e desafios.

   No post de hoje, veremos como Piaget estudou as crianças e suas formas de conhecimento, refletindo como o sujeito passa de um modo de conhecer que necessita do contato concreto com os objetos para o conhecimento abstrato. Discutiremos sobre as fases de desenvolvimento do ser humano.

   Pesquisando como a criança conhece o mundo e desenvolve-se, Piaget pretendia compreender como ela chega a pensar de modo adulto, lógico e racional. Nesse processo, investigou o desenvolvimento intelectual humano (o desenvolvimento da inteligência), dividindo-o em quatro períodos:

  • Período sensório-motor;
  • Período pré-operatório;
  • Período das operações concretas;
  • Período das operações abstratas (ou formais).
   Cada período estabelece as bases para os períodos seguintes. Um período é condição para alcançar os outros. Para Piaget, todos os humanos passam por todos estes períodos ou etapas no desenvolvimento de sua inteligência. O desenvolvimento segue uma linha pré-definida, apesar de variar de pessoa para pessoa.



  O período sensório-motor, que vai de 0 a mais ou menos 2 anos, é o período da inteligência prática, anterior à linguagem. Caracteriza-se pela ação do sujeito sobre o meio, tendo como recursos as sensações e os movimentos.

   Para Piaget, nesse período não há representações, ou seja, imagens menstais das coisas que cercam a criança. A criança está presa à experiência imediata, ou seja, à presença física dos objetos. Os esquemas (modos de agir) que se desenvolvem são todos esquemas de ação: olhar, agarrar, morder e assim por diante.

   Nessa fase, predomina a assimilação que começa com o exercício dos reflexos (sucção, preensão, etc.). Os objetos são assimilados ao reflexo (capacidade inata e repertório que a criança já traz consigo) e acomodam-se, gerando mudanças no organismo e novas possibilidades para a musculatura da mão, etc.

   Outra característica importante desse período é a presença das reações circulares. Estas reações se apresentam quando percebemos procedimentos que se repetem seguidamente. Por exemplo, um bebê pode balançar um móbile várias vezes, podendo utilizar o mesmo procedimento a outros objetos que ali se encontram.

   A criança vai aplicando os esquemas de ação já conquistados ao universo de objetos que compõem a sua realidade, assimilando-a e modificando-a nesse contato, ou seja, acomodando-se à realidade física e material à sua volta.



   O período pré-operatório caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras representações / imagens mentais. Para Piaget, é nesse período que tem início o processo de socialização da criança e a linguagem, antes ausentes.

   Entre 3 e 6 anos, mais ou menos, os antigos esquemas de ação são transformados em esquemas representativos, isto é, os objetos sofrem não só a ação física da criança mas também a ação mental. Uma caixa trasforma-se num carro, um cabo de vassoura num cavalo e por aí vai.

   Além disso, a linguagem oral progride muito, tornando possível empregar expressões socialmente convencionadas e não só expressões muito particulares (a criança substitui por exemplo, a palavra totó por cachorro).

   Nesse período, tem início a atividade simbólica, que se caracteriza pela capacidade da criança de tornar presentes objetos e pessoas ausentes, através da imitação e do faz de conta. Ela brinca de de ser a mãe quando está na escola, brinca de ser a professora quando está em casa, etc.

   Ao mesmo tempo, aparece a possibilidade das primeiras trocas verbais e relacionamentos sociais. Isto significa que os esquemas representativos vão se adequando cada vez mais ao meio social em que a criança vive, possibilitando a conversa e o entendimento social.

   Esse período recebe o nome de pré-operatório porque se caracteriza pela ausência de oprações mentais. Uma operação é constituída pela possibilidade de reversibilidade, o que as crianças pré-operatórias ainda não possuem.

   Assim, podemos dizer, a partir da teoria de Piaget, que a lógica das percepções predomina sobre as operações mentais e a lógica mental nas crianças de até 7 anos.

   No que diz respeito às relações entre a teoria de Piaget e o trabalho do professor na Educação infantil, é importante prestar atenção nos seguintes pontos:

- Piaget não pesquisou a escola e a Pedagogia, mas como a criança pensa e relaciona-se com o mundo físico. Olhou para as crianças e suas interações com os objetos.

- Seus experimentos com as crianças e as perguntas que fazia a elas para entender como estavam pensando em cada período não podem ser copiadas pela escola e transformada em tarefa escolar.

- Piaget preocupava-se em entender como a criança pensava sem a intervenção do adulto, de outras e de apoio. A escola é exatamente p lugar onde o pensamento e a aprendizagem acontecem com a intervenção de muitas interações (entre as crianças e delas com os adultos).

- Piaget focalizou o desenvolvimento do pensamento lógico, que é somente uma das dimensões da criança em jogo no contexto escolar (é preciso prestar atenção para a afetividade e o social).

   No próximo post, daremos continuidade aos estudos sobre o desenvolvimento humano refletindo sobre a teoria do desenvolvimento do teórico Levy Vygotsky. Abraços e até lá!😏

  

                                  Fonte: Coleção Proinfantil. Módulo II. Unidade 2. Livro de Estudo - Vol. 2. MEC.



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