A Avaliação Da Aprendizagem Dos Alunos Com Deficiência Intelectual
Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje finalizaremos o estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo, refletiremos sobre como se dá a avaliação da aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual.
Para iniciarmos esse reflexão acerca da avaliação da aprendizagem e seu papel no desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual, precisamos primeiro, compreender o conceito de avaliação.
Avaliar é a parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita diagnosticar questões relevantes, aferir os resultados alcançados ou não, considerando os objetivos propostos e identificar mudanças de percurso eventualmente necessárias.
Deve-se avaliar o contexto da escola, a sala de aula, os recursos didáticos, o mobiliário, o projeto político pedagógico, organização curricular, os objetos do conhecimento, os espaços físicos, os apoios a metodologia de ensino, dentre outros.
O processo de avaliação começa quando o professor faz uma sondagem dos saberes que os alunos já possuem, pois esse conhecimento será a fonte para saber mais.
A partir desse fato, é possível estabeler objetivos e metas, escolher conteúdos e aplicar métodos. Avaliar dentro deste contexto, é utilizar a avaliação como uma ferramenta pedagógica que acessora o progresso do estudante na obetenção de novos saberes, como um instrumento que mostra ao professor , caminhos para os objetivos traçados.
A avaliação e a educação são elementos inseparáveis, pois caminham juntos, em complemento, na construção de saberes e de uma educação democrática com alunos autônomos, reflexivos e sujeitos da sua aprendizagem e não apenas para a hierarquização de notas e valores atribuídos ao sucesso ou insucesso dos estudantes.
Para avaliarmos o processo de aprendizagem do aluno com deficiência intelectual, é preciso fazer alguns ajustes no processo de avaliação, que deve ser um instrumento contínuo, de maneira que o professor possa captar suas capacidades de aprendizagem assim como avaliar e acompanhar o que o aluno é capaz de fazer, sozinho e/ou com ajuda, disponibilizando informações para atuar nas suas demandas.
Vale lembrar que neste tipo de deficiência, as limitações são principalmente na área cognitiva e acabam interferindo na aprendizagem, na apropriação de conceitos abstratos, na compreensão de ideias e na capacidade de resolver problemas, pois com essa modalidade de comprometimento, os alunos possuem um ritmo mais lento de aprendizagem.
Assim, o professor precisa promover mediações necessárias com recursos e alternativas diferenciadas, com o objetivo de promover o desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Deve fazer uso de diferentes instrumentos, critérios ou referenciais que auxiliam na busca de informações, como relatórios de observação, provas, atividades individuais ou em grupo, planilhas de expectativas de aprendizagem, entre outros.
O professor pode utilizar também, por exemplo, observações, portifólios que sistematizam os registros das atividades realizadas pelos alunos por um determinado período, anotações diárias, análises da produção escolar, etc.
Cabe reforçar que quando o professor utiliza adequadamente o portifólio no processo de avaliação pode:
- obter melhoria na dinâmica da sala de aula, consultando o portifólio dos alunos para elaborar as atividades;
- evitar testes padronizados;
- obter envolvimento da família no processo de avaliação;
- não utilizar a avaliação como um instrumento de classificação;
- incorporar o sentido ético e inclusivo na avaliação;
- possibilitar que o erro possa ser considerado como um processo de construção de conhecimentos, que proporciona pistas sobre a maneira como cada aluno está organizando o seu pensamento.
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