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Ao iniciar o processo de inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais associadas ao autismo, o professor pode sentir-se incapaz de interagir com essa criança.
O professor pode ter a sensação de que a criança se recusa a interagir e a aprender qualquer coisa proposta por ele.
Essa situação pode acontecer porque algumas habilidades necessárias para o aprendizado e presentes mesmo em crianças com deficiência intelectual, consideradas pela maior parte dos professores comuns a todas as crianças, não são encontradas nas pessoas autistas.
É comum que essa criança possa ter, além de deficiência intelectual e problemas de aprendizado, problemas relacionados às áreas de perceptão, comunicação (tanto receptiva como expressiva), interação social e comportamento, característicos do autismo e fundamentais para o desenvolvimento da aprendizagem.
O ponto de partida é a chamada tríade de dificuldades - comunicação, interação social e uso da imaginação presente na criança com autismo e tem como consequência:
- a maior dificuldade em receber e transmitir comunicação por meio da troca de cartões do que por meio da linguagem verbal;
- a dificuldade de imitação da maioria dessas crianças e o porquê da convivência de ensinar por meio da estrutura dos materiais ou do apoio físico em vez da demonstração ou da comunicação verbal;
- a facilidade que a maioria dessas crianças tem em memorizar sequências de objetos em contrapartida à dificuldade em memorizar ideias em sequência;
- a dificuldade em estabelecer relações entre eventos;
- a dificuldade da maioria dessas crianças, em especial nos três primeiros anos de vida, em aprender por exploração do ambiente ou por tentativas, o que torna necessário ensinar o "acerto", pois caso contrário, a criança poderá aprender o "erro";
- a ausência de reações a demonstrações de afeto ou elogios de pais e professores, o que impede, nessas crianças, o aparecimento de um mecanismo comum à maioria dessas crianças, de aprender para agradar os pais ou os professores.
- a criança tem problemas de interação social que não se resolvem simplesmente por estar cercada de outras crianças.
- a criança não aprende por exploração do ambiente ou por observação voluntária;
- o tempo é um elemento irreversível.
- estímulos desnecessários no ambiente podem confundir a criança e até mesmo irritá-la. Tudo que está no espaço de aprendizado deve ser organizado e ter sentido;
- brincadeiras livres podem aumentar o isolamento, conduzir à destruição de brinquedos ou objetos e distanciar a criança do aprendizado;
- manifestações de afeto muito animadas podem confundí-la e muitas vezes podem até provocar agressividade.
- estimular a comunicação criança-professor;
- promover brincadeiras gostosas, mas estruturadas, como brincadeiras de roda e sempre que possível, convidar os pais para participação;
- mudar constantemente brinquedos e brincadeiras. Não confundir obessões com interesse.
fonte: Dificuldade acentuadas de aprendizagem Autismo - Ministério da Educação - Secretaria De Educação Especial
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