segunda-feira, 20 de maio de 2024

E-book Guia Prático Das Dificuldades De Aprendizagem

 E-book Guia Prático Das Dificuldades De Aprendizagem





     Bem-vindo ao "Guia Prático das Dificuldades de Aprendizagem".

   Este e-book é uma ferramenta abrangente, projetada para fornecer insights valiosos e estratégias eficazes para lidar com as complexidades que envolvem as dificuldades de aprendizagem. 

   Em um mundo onde a educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento individual e social, compreender e abordar as barreiras que impedem o processo de aprendizagem é essencial para promover a inclusão e o sucesso acadêmico.

  Neste e-book, exploraremos a importância de compreender as dificuldades de aprendizagem, destacando sua prevalência, impacto e implicações para educadores, pais e indivíduos que enfrentam esses desafios. 

    Além disso, forneceremos uma visão geral do conteúdo abordado neste guia, que inclui estratégias práticas, recursos úteis e conselhos especializados para enfrentar e superar as dificuldades de aprendizagem de forma eficaz.

  Se você é um educador procurando maneiras de apoiar melhor seus alunos, um pai buscando orientações para ajudar seu filho ou um indivíduo em busca de recursos para gerenciar suas próprias dificuldades de aprendizagem, este guia foi criado com você em mente. 

  Vamos começar esta jornada de descoberta e capacitação, enquanto exploramos juntos o mundo das dificuldades de aprendizagem e descobrimos caminhos para o sucesso educacional e pessoal.

  Para adquir o E-book, é bem simples. Basta você clicar no link abaixo da imagem e será direcionado à Plataforma Hotmart onde poderá efetuar sua compra com segurança. Ou neste link: https://go.hotmart.com/M65837811I

   Espero que a leitura desse guia seja muito útil para você!

   Abraços!😏


sábado, 18 de maio de 2024

O Processo De Aprendizagem Do Aluno Com Deficiência Intelectual

 O Processo De Aprendizagem Do Aluno Com Deficiência Intelectual


    Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo, refletiremos sobre como se dá o processo de aprendizagem do aluno com deficiência intelectual.

     O acesso do estudante com deficiência intelectual na escola regular, numa perspectiva inclusiva, deve desencadear um processo inovador de criação no segmento pedagógico, buscando procedimentos de ensino, estratégias metodológicas e didáticas capazes de atingir o potencial de cada um dos alunos, sempre respeitando suas diferenças e levando-os à inserção no mundo cultural em geral.

   Infelizmente, observa-se que as práticas escolares convencionais não dão conta de atender à deficiência intelectual, em todas as suas especificidades, assim como não são pertinentes às diversas maneiras dos alunos, com qualquer deficiência, abordarem e entenderem um conhecimento de acordo com suas capacidades. 

     Assim, nas últimas décadas as estratégias de aprendizagem têm adquirido uma importância cada vez maior na prática educativa, sendo necessário que o professor possa planejar variadas estratégias de ensino e aprendizagem, pois o planejamento é o fio condutor deste processo e proporciona ao aluno a construção do conhecimento por diversos caminhos, ou seja, os alunos têm diferentes estilos de aprendizagem.

     Vale ressaltar que não existe um método ideal para o direcionamento das atividades para os alunos com deficiência intelectual, porém, é necessário refletir constantemente sobre o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, sobre a própria prática docente e sobre as oportunidades de interação do aluno com o objetivo de conhecimento, a fim de avaliar a eficácia das estratégias, bem como propor adaptações ou alteração de procedimentos.

      Quanto mais diversificados e adequados forem os métodos de ensino, menores serão as barreiras de aprendizagem.

    Com frequência, o professor deverá refletir sobre seu trabalho no ambiente de sala de aula, analisando as possíveis mudanças na sua programação pedagógica, buscando rever sua prática de maneira que possa se responsabilizar pelas demandas educacionais dos alunos, para isso, deve indagar-se:

  • Quais são os motivos pelos quais o estudante não conseguiu  elaborar uma determinada informação quando foi utilizada uma metodologia exclusiva?
  • Quais foram os sistemas intelectuais que o estudante elaborou ou não, para culminar na seguinte contraposição?
  • Quais são os conhecimentos adquiridos por este aluno a respeito deste tema?
  • O que ele desconhece, mas está processando informações pertinentes?
  • Que outras metodologias educacionais eu, professor (a), devo colocar em prática para intervir na estruturação desse conhecimento?
     O professor, ao planejar suas atividades para os alunos com deficiência intelectual, deve observar que é preciso conhecer o aluno nos seguintes aspectos: sua realidade familiar e social; as características pessoais; os interesses e peculariedades; o processo de aprender de cada um; necessidades de aprendizagem significativa; o que ele já sabe e o que precisa aprender.

     Deste modo, há várias estratégias didáticas que o professor poderá estabelecer em sala de aula para o desenvolvimento da sua prática com o aluno deficiente intelectual, dentre elas:

  • O jogo como estratégia de ensino, permitindo o ensino de habilidades como: classificação, ordenação, estruturação, resolução de problemas e estratégias de leitura e escrita.
  • A utilização do computador como ferramenta de aprendizagem deste estudante. Por meio deste recurso, o aluno entra em contato com o mundo virtual, descobrindo inúmeras possibilidades para novos conhecimentos, fazendo buscas em sites, trocando informações e ampliando suas redes de amizades mediante trocas de e-mail.
  • O trabalho com cartazes: por meio do cartaz o aluno consegue visualizar os trabalhos, facilitando a compreensão e a memorização;
  • Ateliês, cantinhos, oficinas, onde o aluno poderá realizar atividades diversificadas em sua sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte, pintura, desenho, dentre outras atividades;
  • Dramatizações com músicas, teatros e leituras;
  • Trabalhos e atividades que auxiliam no desenvolvimento de habilidades adaptativas como: sociais, de comunicação, cuidados pessoais, autonomia, etc;
  • O trabalho em sala de aula, para que o aluno se sinta aceito, acolhido, fazendo parte do contexto. É indispensável que haja um trabalho em conjunto com a sala e demais alunos, estimulando o bom relacionamentoe cooperação de todos na sala de aula, favorecendo o desenvolvimento da autoestima e o potencial de cada aluno, no respeito as suas diferenças;
  • Trabalhar juntamente com o aluno na autocorreção de suas atividades e tarefas realizadas.
     Observando estes aspectos, o professor pode organizar um bom planejamento voltado para a diversidade do aluno e que contemple suas reais demandas e potencialidades de aprendizagem, para que assim, eles possam aprender e deste modo, se desenvolverem como cidadãos.

     No próximo post, veremos a questão da avaliação da aprendizagem com os alunos com deficiência intelectual. Até lá!😏

     

terça-feira, 14 de maio de 2024

A parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual (Parte 2)

 A parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual (Parte 2)



     Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo, daremos continuidade sobre a parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual no contexto escolar.

     A cooperação entre a família (pai, parentes e amigos próximos) e a escola é fundamental. Por meio dela é possível não somente melhorar o rendimento dos alunos, mas também delimitar os papéis, fazendo com que os pais assumam sua parte na educação de seus filhos, complementando ou iniciando o processo, facilitando deste modo, o trabalho dos professores.

     Deste modo, o primeiro contato da criança com o aprendizado ocorre dentro de casa. Os pais precisam se concientizar de que a escola não é a única responsável pelo aprendizado, pois esta tarefa deve ser divida por todos os envolvidos com a criança, tendo cada um sua parcela de responsabilidade com a educação desta pessoa com deficiência.

     A escola por sua vez, deve adaptar-se para atender às necessidades destes alunos inseridos em classes regulares. A educação inclusiva deve ser posta em prática por uma escola inclusiva que busque ações que favoreçam a integração e a opção por práticas heterogêneas.

     Sempre que possível, a família deve manter uma parceira saudávelcom a escola, facilitandoo processo de acolhimento e reconhecimento das potencialidades que o estudante apresenta. Essa parceria é importante para a plena inserção dos alunos com deficiência intelectual na escola, contudo, não é um processo fácil.

     Por outro lado, o professor deve estabelecer uma boa parceria com os familiares deste estudante. Poderá utilizar a entrevista familiar ou os encontros aleatórios para levantar dados sobre o aluno e além disso, perceber como a família reage às limitações associadas à deficiência e aquelas relacionadas às condições sociais de oferta de recursos e serviços, que poderiam proporcionar melhor desenvolvimento ao seu filho.

     Nesse sentido, essa interação assume algumas dessas funções, destacando-se: demonstração de amizade, passando confiança e coragem para a criança; pais que cooperam no processo de ensino aprendizagem; tomada de conhecimento por parte dos pais sobre o desenvolvimento da criança e obtenção de informações do ambiente da casa e da rotina diária do menor.

     A oportunidade de convívio com pessoas que não possuem deficiência torna possível uma vida de normalidade para esse indivíduo, que pode se perceber como capaz e se desenvolver em todos os aspectos. Portanto, escola e família devem caminhar juntas no processo de aprendizagem.

     O trabalho com a família e o estímulo ao seu desenvolvimento constitui um fator decisivo no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais, sendo indispensável para a construção da individualidade do sujeito como participante ativo da sociedade.

     Contudo, esse processo requer, para sua efetivação, a ação de múltiplos esforços e a participação de todos os segmentos da sociedade, de modo a se promover uma verdadeira mudança cultural em relação à diversidade e às potencialidades humanas.

      No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre o atendimento especializado educacional na área de deficiência intelectual: questões sobre a prática docente.  Até lá!😏

sábado, 11 de maio de 2024

A parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual

A parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual




      Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual no contexto escolar.

     Sabe-se que a família é a base do ser humano e quando se faz presente, dando apoio e o acompanhamento necessário aos seus filhos na infância e na adolescência, essa prática se torna de extrema relevância para o desenvolvimento satisfatório desses indivíduos.

     Esse compromisso e vínculo com a família com a criança e o jovem, faz com que eles sejam cuidados, suas necessidades básicas supridas, tenham um local em que eles possam desenvolver-se com segurança e aprender a se relacionar em sociedade.

     Na visão de Lev Vygotsky, pode-se dizer que, desde o nascimento, o homem já é um ser social em desenvolvimento e todas as suas manifestações acontecem porque existe "um social" por trás. Mesmo quando não se utiliza da linguagem oral, o sujeito já está interagindo e se familiarizando com o ambiente em que vive.

     Assim, observamos que é no envolvimento com a célula mater que a criança irá desenvolver o seu processo de maturação, adquirindo habilidades e competências motoras de que demanda, afim de crescer e se desenvolver-se em um adulto pleno.

     Porém, esse esforço torna-se mais difícil para as famílias das crianças com deficiência. Quando se tem uma criança deficiente em um determinado grupo familiar, exige-se de cada elemento desse núcleo uma redefinição de papéis, solicitando mudanças de atitudes e novos estilos de vida para dar conta dessa nova realidade.

     No entanto, os pais ou responsáveis por essas crianças com deficiência não se encontram preparados para enfrentar essa situaçã, tanto quanto aqueles pais que têm filhos denominados pela comunidade de "normais".

     Neste momento, é oportuno direcionarmos toda a atenção para a criança com necessidades educacionais especiais, que deve receber apoio educacional e psicológico o mais precocemente possível.

     Com a participação efetiva dos responsáveis ou familiares próximos, os programas de intervenção precoce favorecem o processo de desenvolvimento da capacidade infantil, de forma que é preciso envolvê-los de maneira ativa, uma vez que eles poderão ser os primeiros interventores na crianção de estímulos e outras condições básicas no processo de aprendizagem.

     A estimulação é muito importante para a evolução das crianças com algum tipo de necessidade especial, pois assume um papel relevante, ficando a cargo dos pais essa prática em um ambiente e com profissionais adequados, mostrando carinho, atenção e tendo persistência, de modo a proporcionar um bom relacionamento e desenvolvimento global da criança.

     Sendo assim, a escola, depois da família, é o primeiro local e de fundamental importância para o processo de socialização da criança.

     A inclusão desses menores e jovens portadores de deficiência na escola regular, com o apoio do atendimento educacional especializado, quando necessário, faz parte da política educacional brasileira vigente. Contudo, todo o trabalho realizado pela escola terá maior sucesso se acompanhado diretamente pelos familiares responsáveis por este deficiente.

     Esse trabalho de parceria oferece à criança, segurança e permite a ela desenvolver suas habilidades de forma mais tranquila e competente.

    No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre a parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual.  Até lá!😏

quinta-feira, 9 de maio de 2024

A inclusão escolar da criança com deficiência intelectual no contexto escolar

 

A inclusão escolar da criança com deficiência intelectual no contexto escolar




     Olá! Seja muito bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a inclusão escolar da criança com deficiência intelectual no ensino regular.

     Tem-se conhecimento que a primeira iniciativa de propor ações educativas para a superação do déficit mental aconteceu no século XIX, com o médico Jean Itard (1774-1838), conhecido por seu trabalho com Victor, o selvagem de Aveyron, no Sul da França.

     Para o médico e educador Itard, a deficiência era um problema da área médica, por isso, passível de tratamento e cabia a ele alteraros hábitos deste indivíduo por meio do exercício da medicina, que também estava relacionada ao comportamento.

     Nesta perspectiva, a ideia de educação para pessoas com deficiência prosperou e as instituições escolarese as classes especiais vinculadas à rede pública, a partir do final do século XIX e começo do século XX, tinham como meta ofertar aos indivíduos com deficiência uma educação voltada para esse segmento.

     Na década de 70, manifestações visaram agregar os indivíduos com deficiência nos espaços escolares comuns dos estudantes, denominados de "normais". O propósito desta reinvindicação era proporcionar um paradgma de educação segredada e não despertar a real potencialidade do indivíduo com deficiência, o mesmo procedimento adotado no século XIX.

     Na atualidade, o direito à educação está previsto na Constituição Federal de 1988 e também nos decretos e legislações educativas brasileiras. A LDBEN - Lei 9.394/1996 enfatiza que a educação tem assumido propostas que revelam a intenção de garantir educação para todos os cidadãos, incluindo a educação inclusiva.

     Assim, para uma instituição escolar regular se tornar inclusiva, ela deve reconhecer as "diferenças" dos seus alunos diante do processo educativo e buscar a participação e o desenvolvimento de todos os envolvidos, adotando práticas pedagógicas efetivas.

     Entretanto, a inclusão não se limita simplesmente a matricular alunos com deficiência nas escolas e considerar que é o suficiente para realizar essa prática. É preciso que se ofereçam condições para a operacionalização de um projeto político pedagógico inclusivo.

     Na atualidade, o que se observa com frequência no processo de inclusão é a confusão em relação aos termos integração e inclusão. A noção de integração está relacionada à alunos agrupados em escolas especiais para deficientes ou em salas especiais dentro da própria escola. Não existe a enturmação com os demais alunos que não fazem parte do público alvo da educação especial. Ficam dentro da escola, mas à parte.

     A meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém à margem do ensino regular, desde o começo. A inclusão causa uma mudança na perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunosque apresentam alunos na escola, mas apoiar a todos os envolvidos como professores, alunos, pessoal adminisatrativo, para que obtenham êxito no processo educativo.

     A inclusão para ocorrer de forma efetiva como, necessita de professores capacitados e de um aprimoramento pedagógico para poderem trabalhar de forma adequada com os alunos deficientes e ao mesmo tempo, com os demais estudantes. 

     Os professores questionam a falta de capacitação, de suporte especializado por parte da gestão pedagógica, de menos alunos em sala de aula, afim de poder dar mais atenção para todos.

     Portanto, para fazer a inclusão social e escolar de verdade, garantindo a aprendizagem de todos os alunos na escola regular, é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com necessidades educacionais especiais.

    Há ainda, a necessidade de parcerias com os serviços da área da saúde e dos segmentos sociais, pois o trabalho de inclusão necessita desse vínculo extraescolar, afinal, só a escola não é capaz de lidar  com todas as necessidades que os alunos apresentando essa parceria, esses atendimentos ficariam prejudicados.

     Outro ponto importante é o papel da família diante da criança e do jovem incluído: a escola tem seus deveres para com estes alunos, mas a família não pode deixar de ser participativa na vida dessa criança e desse adolescente. Quando há cooperação familiar nos casos de inclusão, o progresso que a criança e o adolescente apresentam são vitais para essa prática.

     Portanto, estabelecer a educação inclusiva na rede regular de ensino significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar, onde as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade.

     Preservar a diversidade apresentada na escola, representa a oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.

    No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre a parceria da escola/professor com a família mediando a inserção dos alunos com deficiência intelectual.  Até lá!😏

 

sábado, 4 de maio de 2024

Abordagem psicanalítica e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Vygotsky

 Abordagem psicanalítica e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Vygotsky


     Olá! Seja bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a abordagem psicanalística e a epistemologia genética da deficiência intelectual do ponto de vista da abordagem sociointeracionista, de Vygotsky.

     Para Vygotsky, as reis que regulam o desenvolvimento infantil são as mesmas crianças com ou sem deficiência. Propõe que a criança com deficiência seja estudada  numa perspectativa qualitativa e não como uma diferenciação quantitativa da criança dita como "normal". A pessoa com deficiência apresenta um desenvolvimento qualitativamente único, no entanto, não inferior aos seus pares.

    Na concepção de Vygotsky, o meio social, a diversidade e a heterogeneidade são considerados elementos enriquecedores na geração do conhecimento. Logo, as crianças com deficiência mental, oportunizadas às situações de aprendizagem diferenciadas com crianças sem deficiência, auxiliavam umas as outras no seu desenvolvimento, permitindo assim, o desenvolvimento de novas áreas de aprendizagem.

     Nessa perspectiva, a aprendizagem depende da interação social, ou seja, do intercâmbio, da troca de significados que a criança mantém com a sua realidade social, mais especificadamente com a cultura e com a história do seu grupo social. As experiências socialmente elaboradas por meio da contradição e do conflito permitem a construção das funções psicológicas superiores.

     As funções psicológicas superiores são sempre mediadas por instrumentos: o social e o psicológico. O primeiro nasce da interação com outras pessoas, das trocas culturais e o segundo acontece no plano psicológico, no interior do próprio indivíduo.

     Apesar do organismo humano possuir um potencial, essa capacidade de superação só se realiza a partir da interação com fatores ambientais, pois o desenvolvimento se dá no entrelaçamento de fatores externos e internos.

     Nessa perspectiva - no caso dos cegos, indivíduos privados de visão - todo o organismo se reorganiza para que as funções restantes trabalhem juntas para superar o impedimento, processando estímulos do mundo exterior com a ajuda de meios especiais, tais como o braille.

     O mesmo acontece com os surdos, indivíduos privados da audição, que desenvolverão capacidades visuais e espaço-temporais na interação com instrumentos diversos, tendo a língua de sinais um papel prepoderante nesse processo. E nessa perspectiva também que, para sujeitos com sérios problemas motores e que tenham grande dificuldade no ato da escrita, o uso de instrumentos como o computador atua como estímulo e como suporte para a superação de dificuldades.

    Enfim, toda a obra de Vygotsky aponta para uma mudança radical em relação aos alunos com necessidades educativas especiais. Nesse sentido, a "deficiência" ou os "limites", caso existam, não podem mais ser usados como justificativa da estagnação, da educação empobrecida, da discriminação ou exclusão.

    Nessa perspectiva, é possível observarmos que as bases epistemológicas que fundamentam a proposta da educação inclusiva estão afinadas com a concepção interacionista de inteligência, onde o fator determinante do desenvolvimento e da aprendizagem dependem não só do sujeito (orgânico) ou da influência do meio ambiente, mas da interação entre ambos. Essa é considerada a forma mais apropriada de construção do conhecimento, na medida em que respeita e valoriza as diferenças do ser humano.

     No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre a deficiência intelectual no contexto escolar: percepção de pais, escola e o papel dos educadores no processo de inclusão. Até lá!😏



     



terça-feira, 30 de abril de 2024

Abordagem psicanalítica e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Jean Piaget

 Abordagem psicanalística e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Jean Piaget



     Olá! Seja bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a abordagem psicanalística e a epistemologia genética da deficiência intelectual.

     A epistemologia genética é baseada essencialmente na inteligência e na construção do conhecimento, segundo o biólogo Jean Piaget, visa compreender como as pessoas constroem seus conhecimentos, individualmente ou em conjunto, mas também quais são os processos e etapas que os indivíduos percorrem para conseguirem esse processo.

    Assim, Piaget pesquisou o desenvolvimento humano a partir do estudo  e observação em bebês, crianças e adolescentes, por conceber esse estudo como o mais apropriado para suas investigações a respeito da gênese do conhecimento.

     O objetivo da pesquisa de Piaget foi definir, a partir da perspectiva da biologia e de outras ciências, como o sujeito passaria de um conhecimento menor adquirido anteriormente para um nível de maior complexidade.

     A abordagem piagetiana estabelecia uma relação de interdependência entre o sujeito e o meio e também, preconizava que cada estímulo emite uma resposta, entretanto, Piaget dizia que para que isso ocorresse era necessário que o indivíduo e seu organismo fossem capazes de fornecer tal resposta.

     Na perspectiva piagetiana, o indivíduo não é uma folha em branco, nem traz consigo o conhecimento inato, mas é um ser que interage com o meio em que está inserido, para construir o conhecimento. Nesse sentido, o processo de desenvolvimento cognitivo do indivíduo inicia-se ao nascimento e termina na vida adulta.

     Piaget sugere que há uma evolução natural cognitiva da aquisição de conhecimentos, nos quais as pessoas passam de um estado de total desconhecimento da realidade que o cerca até o desenvolvimento da capacidade de conhecer o que ultrapassa os limites do que está a sua volta, passando por quatro etapas:

  • Etapa 1: inicia-se com o nascimento da criança e prolonga-se até por volta dos dois anos de idade. Nesta fase o menor se encontra no período sensoriomotor, chegando a uma modalidade de estabilidade biológica e cognitiva que faculta a este estabelecer uma estrutura das palavras ou expressões, isto acontece por volta dos 12 aos 18 meses de idade e é rigorosamente conceitual.
  • Etapa 2: finalizada a fase anterior, a criança insere-se no estágio pré-operatório, fundamentado no estabelecimento ainda inicial de uma estrutura operatória e se mantém nessa etapa até completar maios ou menos 7 a 8 anos de idade.
  • Etapa 3: denominada de operatório concreto. Essa fase inicia-se ao final da segunda etapa e estrutura-se na competência do menino(a) de sistematizar atividades bem ordenadas intelectualmente. portanto, o pensamento deixa de ser abstrato, tornando-se capaz de resolver problemas concretos. Essa etapa tem duração em média, dos 11 aos 12 anos de idade.
  • Etapa 4: inicia-se ao término da terceira fase e a pessoa permanece nela por toda sua vida de adulto. É o chamado período operatório formal, em que acontece a ampliação da capacidade cognitiva, na qual o indivíduo consegue raciocinar sobre hipóteses. Essa fase acontece por volta dos 14 aos 15 anos de idade e o acompanha ao longo da sua existência.

     Assim, a teoria piagetiana envolveu basicamente dois processos: assimilação e acomodação.

   A assimilação é a incorporação de um novo conceito ou experiência em um conjunto de conhecimento, chamado por Piaget de esquemas e mecanismos já existentes, por meio da própria atividade do indivíduo.

     Já a acomodação é o processo pelo qual as crianças modificam suas ações, a fim de manejarem e ampliarem novos objetos ou experiências. Os processos de assimilação e acomodação são complementares e se mostrarem presentes em toda a vida do sujeito, permitindo a adaptação intelectual.

     O resultado dessas sucessivas assimilações e acomodações é chamado por Piaget de "equilibração", conceito central da teoria construtivista do conhecimento. É o processo de autorregulação que consiste numa passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para outro de equilíbrio superior. Sendo assim, o desenvolvimento mental é uma construção sucessiva.

    Embora Piaget não tenha sido um educador, a sua teoria orientou em muito as questões educacionais. Inclusive na Educação Especial da educadora Barbel Inhelder, citada por Montoan, que desenvolver um estudo aplicando a teoria psicogenética em portadores de deficiência mental. 

    Conforme tal estudo, em sua evolução intelectual a criança com deficiência passaria pelos mesmos estágios da criança normal. Porém, enquanto na criança normal há uma aceleração progressiva do pensamento operatório, na deficiência observa-se lentidão ou até estagnação em relação ao seu raciocínio.

     Segundo Montoan, todas as contribuições inovadoras indicam novas possibilidades na educação de pessoas com deficiência mental. Uma das implicações é a inclusão educacional que contribui para o desenvolvimento das estruturas lógicas concretas.

     No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre outra abordagem atualmente muito discutida na esfera educacional, que é o sociointeracionismo de Vygotsky. Até lá!😏


     

Quebra-cabeça Da Primavera Pronto Para Imprimir

  QUEBRA-CABEÇA DA PRIMAVERA PRONTO PARA IMPRIMIR LINK PARA IMPRIMIR:  https://drive.google.com/file/d/11L-JXUoxBRNDyK8mMeyMIY5hv6MSNjXr/vie...