segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Sistema De Comunicação Prático Para Alunos Com Autismo

   Sistema De Comunicação Prático Para Alunos Com Autismo


   Olá! Tudo bem com você? No post de hoje falaremos um pouco sobre o sistema de comunicação  utilizado para alunos com autismo. Vamos lá?

   O aluno com autismo tem uma maior facilidade de comprensão visual, mas é importante fazer uma avaliação para certificar-se de que o sistema de comunicação adotado seja claro para ele. Algumas formas de comunicação para esse aluno são:

  • se já sabe ler, pode adotar-se um sistema de comunicação por meio de uma agenda, utilizando-se a linguagem escrita com palavras claras e precisas, verificando sempre se esse sistema é funcional para esse aluno;
  • se o aluno não lê, mas pareia, verifique se ele compreende cartões com desenhos das atividades e horários colocados em um painel que pode ser fixo na parede, ou móvel, de forma que o aluno possa carregá-lo. Avalie essa forma de comunicação, comece com uma ou duas figuras e vá introduzindo aos poucos novas figuras de comunicação à medida que elas forem sendo ensinadas na situação de aprendizagem;
  • se os desenhos não funcionam, tente fotos da mesma forma que a descrita no item anterior;
  • por último, se as fotos não funcionam tente objetos concretos que se relacionem ao máximo com a atividade proposta. Por exemplo: prato para pedir comida, copo para bebida.

   Formas de comunicação da rotina para crianças com autismo e deficiência intelectual com muita dificuldade de compreensão:


  • você pode colocar três atividades (que a criança já tenha aprendido) em três cestas sobre uma estante à esquerda da criança, ao lado da mesa dela e ensiná-la a pegar uma cesta por vez da esquerda para a direita, executar a atividade e colocá-la depois de feita em uma cesta de PRONTO;
  • um recurso muito bom para a comunicação em algumas atividades é a música. A música pode servir para marcar tempo como o tempo do lanche, por exemplo, o tempo de pausa na sala, de realização de uma determinada atividade, além de poder também marcar ritmo e poder ajudar a dar ideia de sentimentos;
  • lembre-se que a comunicação verbal é também parte do que você vai ensinar ao seu aluno e como você vai ensinar uma atividade por vez, não baseie nunca o ensino na explicação verbal.
    No próximo post, vamos estudar sobre o material pedagógico utilizado com os alunos com autismo. Abraços e até lá!😏


                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Alterações Do Comportamento Adaptativo Das Crianças Com Autismo

    Alterações Do Comportamento Adaptativo Das Crianças Com Autismo




   Olá! Seja muito bem vindo(a)! No post de hoje refletiremos sobre as alterações de comportamento nos alunos com autismo.

    As alterações do comportamento adaptativo compreendem as manifestações do aluno que prejudicam o aprendizado da criança autista e seu relacionamento social.

   Geralmente, a principal queixa, tanto de professores quanto de pais de alunos com necessidades educacionais especiais, refere-se aos problemas de comportamento e como apreder a lidar com eles de maneira adequada.

   As alterações do comportamento adaptativo mais comuns podem ser:

  • gritos constantes ou frequentes;
  • choros sem causa aparente;
  • risos ou gargalhadas repentinos sem causa aparente;
  • agressões dirigidas ao professor, a outro aluno ou a si mesmo;
  • obsessão por determinados assuntos ou objetos;
  • hábitos alimentares estranhos, falta de apetite ou compulsão por comida;
  • recusar-se a ir à escola ou entrar na sala de aula;
  • recusar-se a andar;
  • recusar-se a realizar as tarefas;
  • impulsos destrutivos de arremessar ou quebrar objetos.
   A primeira regra, de caráter geral, para enfrentar as alterações de comportamento adaptativo é:
  • reforçar sempre o comportamento adequado e nunca reforçar o comportamento inadequado;
  • não reforçar o comportamento inadequado representa ignorá-lo, mas existem várias maneiras de fazê-lo e existem também exceções:
- se o aluno começar a gritar é preciso observar se existem condições para ignorá-lo ou se ele deve ser conduzido a algum lugar onde não atrapalhe os outros alunos;

- se o aluno tem hábitos destrutivos, não pode ser apenas ignorado. O professor deverá redirecioná-lo para o trabalho sem dizer uma única palavra. Não deve tentar explicar nada ao aluno, porque mesmo inteligente, não compreenderá toda a explicação, até por estar contrariado por ter sido interrompido e muito provavelmente a explicação será um reforço para este ou outros comportamentos indesejáveis;

- se o aluno arremessou objetos ou materiais, a primeira ideia do professor é fazer com que o próprio aluno recolha o que jogou.. Nem sempre isso funciona, pois é possível que o aluno recolha tudo e ao terminar esteja mais alterado que no início, jogando tudo novamente para o alto. Na dúvida, o professor pode redirecionar a atenção do aluno para o trabalho e pedir a alguém que recolha os materiais;

- se o aluno está alterado ao ponto de não conseguir sua atenção, o professor deve acalmá-lo, sentando-se junto dele, colocando as mãos suavemente sobre ele e apenas esperar. O professor deve manter-se em silêncio, ou apenas sussurrar poucas palavras como "calma, estou aqui", uma única vez. Aos poucos, ao sentir o aluno mais calmo, o professor pode fazer uma nova tentativa e conduzi-lo ao trabalho.

Sugestões para evitar alterações do comportamento adaptativo:

  • tente manter seu aluno sempre ocupado;
  • organize uma rotina diária previsível;
  • comece sempre com tarefas curtas e pouco material, aumentando-os sempre com muita segurança;
  • tenha sempre muito cuidado na organização das tarefas para que seu aluno consiga compreender totalmente a proposta;
  • fale pouco, principalmente no começo;
  • observe cuidadosamente seu aluno para ver se existe algum fator desencadeante dos problemas de comportamento;
  • observe se tem rituais de comportamentos que acabam desencadeando o descontrole;
  • incentive a comunicação de seu aluno colocando a sua disposição mecanismos para pedir ajuda, pedir para ir ao banheiro, pedir para parar etc.

Sugestões para resolver os problemas de comportamento:

  • pense que não é possível aceitar que seu aluno se recuse a trabalhar. Caso isso ocorra, vá mudando a rotina, colocando quantidades mínimas de trabalho por vez, intercaladas com intervalos nos quais o aluno faça alguma coisa de que ele gosta muito. Aos poucos vá aumentando os períodos de trabalho;
  • se você identificou algum fator desencadeante do problema, evite-o nos momentos de trabalho, mas crie situações especiais nas quais eles apareçam por um tempo mínimo e, sempre em situações especiais, vá aumentando o tempo de exposição do aluno;
  • descubra e registre em suas anotações as atividades de que seu aluno gosta e as atividades de que não gosta;
  • faça tentativas, com intervalos de tempo entre elas, de oferecer vagarosamente a seu aluno atividades de que ele não gosta;
  • reforce todos os comportamentos adequados de seu aluno, mas sem exageros. O elogio efusivo pode também descontrolá-lo;
  • caso você tenha observado algum ritual (ações em sequência) que culminam em descontrole, interrompa a sequência ao primeiro indício;
  • quando tiver estabelecido um sistema de comunicação eficiente com seu aluno, comece a introduzir, aos poucos, descontinuidades na rotina diária;
  • é importante que o aluno o identifique como alguém que lhe dê segurança, isto é, que o reconforta, mas que também estabeleça limites;
  • mantenha um registro das ocorrências o mais preciso possível;
  • é muito importante que o professor mantenha o controle emocional;
  • depois de constatar que seu aluno já está familiarizado com seu sistema de trabalho, introduza o NÃO ao seu sistema de comunicação e comece a responder com um NÃO a alguns pedidos dele;
  • se o seu aluno ainda não sabe ir sozinho ao banheiro, acompanhe-o em intervalos curtos e regulares de tempo e vá aumentando um registro para determinar o horário mais adequado. Caso ocorra algum acidente, a atitude que costuma dar melhor resultado é ignorar o ocorrido e diminuir temporariamente os intervalos de banheiro. Peça que a família colabore agindo com a criança de forma conjunta à escola.
   No próximo post, veremos sobre o sistema de comunicação para alunos com autismo. Abraços e até lá!😏


                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

domingo, 27 de novembro de 2022

Como Devem Ser As Atividades Para Alunos Com Autismo

Como Devem Ser As Atividades Para Alunos Com Autismo

    


    Olá! Seja muito bem vindo(a)! Hoje refletiremos sobre como devem ser as atividades propostas para os alunos com autismo. Boa leitura!

   O aluno com necessidades educacionais especiais, por apresentar autismo, precisa ser ajudado a adquirir conhecimentos que os outros alunos aprendem naturalmente, por isso a importância da seleção de atividades.

   Alguns pontos que devem ser considerados na seleção de atividades a serem propostas para esses alunos:

  • esse  aluno não aprende por meio da exploração. Portanto, todas as atividades propostas devem visar sempre o aprendizado ou o desenvolvimento da independência;
  • a independência é um aprendizado, já que esse aluno tem muita dificuldade em fazer escolhas. Mesmo as atividades independentes, durante muito tempo, devem ser dirigidas, isto é, o aluno deve aprender a fazer as atividades sozinho, mas elas devem ser colocadas em um rotina de trabalho. Se deixarmos a criança escolher, provavelmente ficará andando pela sala sem preocupar-se com uma atividade produtiva;
  • as atividades devem ser solucionadas para atender a dois objetivos:
- independência - neste caso, a atividade selecionada deve ser possível de ser executada facilmente pela criança, sem ajuda, com apoio apenas da organização dos materiais;

- aprendizado - neste caso, aluno e professor se sentam frente a frente para que o professor possa ensiná-lo;
  • as atividades propostas devem ser muito curtas no início, pois a resistência ao tempo de trabalho faz parte do aprendizado;
  • cuidado para que a atividade proposta não contenha mais de uma proposta nova por vez;
  • as atividades devem ser organizadas de forma a comunicar visualmente;
  • no início, a criança nunca deverá desfazer um trabalho que acabou de fazer;
  • lembrar sempre que, se for ensinar uma nova rotina a uma criança, deve escolher uma atividade muito fácil para que você e ela possam concentrar-se na rotina;
  • a atividade deve ser feita sempre no mesmo sentido da escrita, ou seja, da esquerda para a direita e /ou de cima para baixo. Deve-se ter um cuidado especial na situação de aprendizado para não alterar essa ordem. Isso é apenas uma convenção para simplificar as atividades para o aluno.

   No próximo Post veremos as alterações do comportamento adaptativo da criança com autismo. Abraços inclusivos e até lá!😏

                                                                                               Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Meu Aluno Tem Autismo. Como Devo Organizar A Sala De Aula?

Meu Aluno Tem Autismo. Como Devo Organizar A Sala De Aula?


      Olá! Seja muito bem vindo(a) ao post de hoje, onde veremos como o  professor deve organizar a sala de aula levando em conta as necessidades de organização de cada um de seus alunos.

   Obrigatoriamente, a sala de aula deve contemplar espaços divididos de forma a atender: o aprendizado, que deve ser individual, isto é, o professor ensinando apenas a um aluno; o trabalho independente, ou seja, uma mesa para cada aluno, onde ele executará, de forma independente, uma atividade que já tenha aprendido com o professor; e um espaço de descanso entre as atividades, onde os alunos possam executar atividades livres, mas com postura adequada.

   Os materiais, tanto em situação de aprendizado como de trabalho independente, devem ser apresentados em quantidade que resulte em uma extensão de trabalho adequado para cada aluno, sempre observando que, inicialmente, a quantidade de material apresentado deve ser mínima e a apresentação deve obedecer estritamente à norma de apresentar claramente a proposta esperada de trabalho, incluindo inclusive um modelo da tarefa a ser executada.

     Resumimos abaixo as principais questões da organização da sala:

     Aprendizado:

  • A situação de aprendizado ocorre em uma mesa para duas pessoas, na qual professor e aluno geralmente sentam-se um em frente ao outro.
  • A mesa e os materiais devem estar organizados de forma que o aluno compreenda com facilidade o que deve fazer.
  • Antes de dar as instruções, o professor deve certificar-se de que o aluno esteja o mais atento possível. A hierarquia de instruções pode ser a seguinte:
- Comunicação visual, ou seja, a organização dos materiais por si só fornece a indicação do que deve ser feito.
- Apoio verbal - instrua verbalmente o aluno de forma clara e concisa.
- Demonstração - Se o aluno não compreendeu a proposta de trabalho por meio da organização dos materiais e do apoio verbal, você deve executar a atividade na frente dele, devagar e com clareza e verificar se depois disso ele tenta executar a tarefa.

     Por último, se as opções anteriores tiverem falhado, apoie o aluno na execução correta da tarefa.
  • O professor deve utilizar a linguagem no nível de compreensão da criança e utilizar a comunicação verbal mínima necessária para cada situação de aprendizado.
  • O professor deve estar atento para não permitir que o aluno responda de forma incorreta, indicando e apoinado sempre que necessário.
  • O professor deve reagir de maneira consistente a problemas de comportamento do aluno, evitando, sempre que possível, que esses problemas apareçam.
  • O professor deve preocupar-se em deixar à disposição de cada aluno recursos por meio dos quais ele possa pedir ajuda.

     Trabalho independente:
  • a sala deve ser organizada e identificada de modo que o aluno possa dirigir-se sozinho ao local de trabalho independente;
  • a sala deve ser organizada de forma que o professor possa visualizar com facilidade todos os alunos que estão executando, em suas mesas, um trabalho independente;
  • as atividades de trabalho independente devem estar disponíveis ao lado das áreas de trabalho (sempre à esquerda). Para isso, muitas vezes é colocada em frente a uma parede por dois motivos: eliminar todos os fatores que possam desviar a atenção do aluno e permitir que se fixe um painel na parede, sempre que for compreensível para o aluno, que indique as atividades que vão ser executadas, a ordem de execução e para onde o aluno deve dirigir-se ao terminar a execução das atividades propostas;
  • cada aluno da sala de aula pode ter uma mesa de trabalho independente ou pode passar mais de um aluno por uma mesma mesa. Nesse caso, o painel em frente à mesa, se houver, poderá ter uma linha de fotos para cada aluno. Essa linha, terá a foto do aluno e as atividades que ele deverá executar;
  • quando possível, os materiais devem estar em um local centralizado com informações para que os alunos possam localizá-las.

A rotina diária:

  • deve ser organizada de forma a ser adequada para cada aluno;
  • deve estar clara para o professor e ser claramente comunicada para cada aluno.

     No próximo Post, veremos como as atividades devem ser propostas. Um beijo no seu coração e até lá!😏

Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

     

domingo, 6 de novembro de 2022

Adaptações Do Currículo Do Aluno Com Autismo

Adaptações Do Currículo Do Aluno Com Autismo



     Olá! Seja bem vindo(a) à este blog!

     Na verdade, o programa que a criança com autismo deve seguir é exatamente o mesmo do que uma criança sem autismo, com três importantes ressalvas:

  • a criança com autismo necessita que lhe sejam ensinadas coisas que a criança típica aprende sozinha. Portanto, o programa deve incluir o ensino de coisas que não precisam ser ensinadas a uma criança típica;
  • o perfil de desenvolvimento dessa criança é irregular, e o ensino deve respeitar esse perfil de desenvolvimento;
  • essa criança também pode apresentar problemas de comportamento graves e difíceis de compreender.
     Esses problemas de comportamento podem ser desencadeados por três fatores principais, que podem ser facilmente corrigidos:
  • problemas de comunicação, ou seja, a criança não consegue compreender o que se espera dela, e se o que lhe está sendo solicitado tem um fim e o que vai ocorrer depois. Resumindo, tanto a linguagem do professor quanto a organização do ambiente são incompreensíveis para a criança;
  • a atividade proposta é excessivamente fácil;
  • a atividade proposta é excessivamente difícil ou demorada.

     2.2 - Informações que a escola deve ter para poder ajudar seu aluno

  • A educação é uma das formas mais efetivas para ajudar essa criança.
  • Esse aluno pode aprender tanto em uma sala de aula especial como em uma sala de aula regular, especialmente se ele for pequeno, mas são necessárias adaptações e pode ser que se faça necessária a presença de um professor auxiliar, principalmente no início do processo de inclusão escolar ou em algumas atividades especiais.
  • Esse aluno não aprende sozinho a maioria das atividades propostas que os outros alunos conseguem aprender por meio da experiência.
  • O professor pode se impressionar com a capacidade de aprender desse aluno quando a forma de ensino adotada for a adequada para o aluno.
  • A comunicação verbal é um dos problemas desse aluno e portanto, o ensino não pode ser baseado em explicações por meio da linguagem verbal.
  • A comunicação professor-aluno deve estabelecer-se de forma que o professor se dirija ao aluno com poucas palavras, claras e concretas; de preferência, no começo, apenas com substantivos. A linguagem deve avançar à medida que o professor tenha certeza de que a compreensão de seu aluno avançou.
  • Fazer escolhas é outro problema específico. Portanto, por um bom tempo, o que vai ser ensinado deverá ser colocado totalmente na rotina do aluno. Nunca se deve deixar a escolha a critério do aluno, pelo menos até que o professor tenha se certificado que o aluno aprendeu a fazer escolhas.
  • O professor deve ensinar seu aluno com autismo a aprender.
  • O professor deve trabalhar com a colaboração da família.
  • O efeito positivo dos outros alunos e das outras pessoas sobre o aluno com necessidades educacionais especiais, somente vai surgir depois que esse aluno começar a adquirir a consciência de si mesmo e isso só acontece à medida que seu desenvolvimento cognitivo avançar. Situações sociais sem sentido não devem ser forçadas. As atividades sociais devem ser apresentadas da mesma forma que todos os outros programas, em pequenos passos, vagarosamente, com constância e persistência.
  • Limites claros e firmes são muito importantes e devem estar sempre presentes.
  • Ambiente, horários e materiais organizados e claros são muito importantes.
  • Se o programa educacional for elaborado adequadamente, a probabilidade de aparecerem problemas de comportamento diminui drasticamente.
  • Assim como um aluno deficiente visual precisa de uma escrita especial, o aluno com necessidades educacionais especiais decorrrentes do autismo precisa de um sistema de comunicação que possa entender.

     No próximo Post veremos a estruturação do ensino. Abraços e até lá!😏

                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

sábado, 29 de outubro de 2022

Adaptações Na Sala Regular Para Receber O Aluno Com Autismo

 



     Olá! Seja bem vindo(a)! Hoje veremos como podemos receber o aluno com autismo em nossa sala de aula de ensino regular.

     Alguns pontos importantes:

  • o professor deve sempre se certificar de ter a atenção desse aluno, tomando cuidados como: sentá-lo na primeira fila, falar seu nome várias vezes durante a aula e verificar seus cadernos várias vezes para ter certeza de que está executando as devidas tarefas;
  • o aluno com autismo, pode apresentar dificuldades de organização e de memorização de suas responsabilidades. Portanto, pode ser necessário ter um roteiro especial de apoio à organização do aluno, como uma agenda ou um caderno com fotos das atividades. No caso das salas da educação infantil, uma agenda contendo o roteiro dos trabalhos do dia em forma de fotos é quase indispensável;
  • embora não seja aconselhável que o aluno tenha um acompanhante exclusivo, pode ser que necessite de um acompanhante para ajudá-lo nos primeiros dias a organizar-se de acordo com a rotina da sala ou em algumas atividades específicas, como por exemplo, em aulas de educação física;
  • embora nem a rotina original da sala nem o "currículo" devam sofrer alterações para receber o aluno com deficiência, outras atividades devem ser incluídas para facilitar a interação desse aluno com os outros alunos da sala e vice-versa, como montar uma escala de tarefas para os alunos da sala que inclua o aluno com autismo, para atividades como ajudar a servir o lanche ou distribuir materiais para os outros alunos;
  • a autoridade do professor é a segurança desse aluno. Até que o professor não o compreenda totalmente e não tenha a situação sob controle, ele não deve falar excessivamente com o aluno, sob pena de ter de enfrentar mais tarde problemas de comportamento que podem, inclusive, comprometer o aprendizado da criança;
  • se o aluno apresentar, em situação de trabalho, algum tipo de esteriotipia (movimentos repetitivos) ou ecolalia (repetição de palavras ou frases), o professor deve tentar interromper a situação, dirigindo a atenção do aluno novamente para a atividade na qual ele deveria estar envolvido ou para alguma atividade com sentido;
  • a colaboração estreita da família, tanto para os trabalhos de casa como para resolver eventuais problemas, é muito importante, assim como o apoio do professor responsável.

1.3 - Estratégias para estimular a interação do aluno com austismo com os outros




     É importante que o professor seja realista quanto às dificuldades de seu aluno com deficiência. Uma das maiores dificuldades, em geral, é a dificuldade de interação desse aluno com os colegas.

     É muito comum, em salas de educação infantil, que as meninas tendam aproteger e amparar esse aluno. Esse comportamento deve ser incentivado com naturalidade. A interação não deve ser imposta, mas deve ser incentivada e se necessário, estimulada por meio de algumas estratégias.

     Nos programas desenvolvidos para o apoio à inclusão escolar da criança autista devem ser planejadas atividades nas quais um colega:
  • ofereça-lhe coisas interessantes, como comidas ou brinquedos;
  • ofereça-lhe ajuda;
  • peça-lhe ajuda;
  • faça-lhe algum elogio (elogie um desenho ou atividade executada com sucesso);
  • dê-lhe sinais de afeto, tal como levá-la pela mão ao parque;
  • faça-lhe perguntas;
  • obtenha a sua atenção;
  • persista até obter a resposta da criança autista.
     Jogos, nos quais cada aluno tenha que esperar sua vez são importantes para todas as crianças.

     No próximo post veremos como se dão as adaptações do currículo. Abraços e até lá!😏

                                                                                                                   fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.
     


 







 



sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Escola - Adaptações



A Inclusão Do Aluno Com Autismo Na Escola - Adaptações





     Olá! Seja muito bem vindo(a)!

    A prioridade de todas as crianças com necessidades educacionais especiais é seu desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento social virá mais tarde, quando possível.

     Acredita-se que a inclusão de crianças com necessidades educacionais por apresentarem autismo deve ser realizada de modo criterioso e bem orientado, o que vai variar de acordo com as possibilidades individuais de cada aluno.

    Para viabizilar a inclusão na escola regular é indispensável contar com salas de apoio e professores especializados para que seja realizada com êxito a inclusão desses alunos.

     Esse professor especializado não necessita ser exclusivo de uma escola, podendo atender a um grupo de escolas, mas deve ser especializado e saber realizar avaliações, organizar sistemas de trabalho, avaliar sua eficiência, avaliar problemas de comportamento e definir estratégias, mas principalmente deve saber demonstrar, atuando diretamente com a criança, tudo que quer transmitir ao professor.

     O primeiro passo para a inclusão desse aluno consiste na aplicação pelo professor, de uma avaliação. A avaliação é necessária para definir os apoios que atendam às necessidades específicas de cada aluno.

     Para poder tomar a decisão de realizar a inclusão com sucesso desse aluno em uma sala do ensino regular, devem ser observados três pontos:

  • o primeiro é que o aluno deve ser inserido preferencialmente, em uma sala de aula que tenha alunos cuja média de idade seja a mesma de sua idade cronológica. O máximo que a idade cronológica do aluno inserido pode ultrapassar a idade média dos outros alunos da sala de aula é de dois anos;
  • o segundo é que o aluno deve ser inserido em uma sala com nível de desenvolvimento semelhante ao dele;
  • o terceiro é que se deve evitar o aparecimento, no ambiente de sala de aula, de problemas de comportamento que comprometam a convivência dessa criança, ou que tais problemas, se aparecerem, tendam à extinção por meio da interferência rápida do professor, com apoio do responsável.

1. O aluno especial em sala comum do ensino regular

1.1 - Preparação dos alunos para receber o colega com necessidades educacionais especiais

     As perguntas dos outros alunos devem ser respondidas à medida que forem  feitas, sem acrescentar nada mais à estrita resposta do que foi perguntado, mas o professor deve estar muito atento ao surgimento espontâneo de situações que envolvam rejeição.

    Cada situação deve ser tratada estritamente no contexto em que apareceu; se o contexto for individual deve ser programada uma conversa com o aluno que trouxe o problema, mas se for coletivo, deve ser programada uma conversa com toda a sala, tomando-se o cuidado de encarregar o aluno com necessidades educacionais especiais, de alguma tarefa externa para evitar constrangimentos.

     Essa conversa coletiva com a sala deve ser pautada por dois princípios básicos:
  • a conversa deve girar estritamente em torno da diferença do aluno relativa ao incidente a ser discutido;
  • a conversa sempre deve incluir alguma outra diferença desse aluno que possa implicar na admiração de seus colegas, como por exemplo, alguma habilidade extraordinária que ele apresente, seja na área musical, seja em relação à memória, desenho etc.
     No próximo post, daremos continuidade falando sobre as adaptações na sala para receber o aluno com autismo. Até lá!😏

                                                                                                                   fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC. 
     


Atividades Para Fazer Com As Crianças Durante As Férias

  Atividades Para Fazer Com As Crianças Durante As Férias    Olá! Seja bem-vindo(a)!    As férias escolares são um período de oportunidades ...