terça-feira, 30 de abril de 2024

Abordagem psicanalítica e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Jean Piaget

 Abordagem psicanalística e a epistemologia genética da deficiência intelectual: Jean Piaget



     Olá! Seja bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a abordagem psicanalística e a epistemologia genética da deficiência intelectual.

     A epistemologia genética é baseada essencialmente na inteligência e na construção do conhecimento, segundo o biólogo Jean Piaget, visa compreender como as pessoas constroem seus conhecimentos, individualmente ou em conjunto, mas também quais são os processos e etapas que os indivíduos percorrem para conseguirem esse processo.

    Assim, Piaget pesquisou o desenvolvimento humano a partir do estudo  e observação em bebês, crianças e adolescentes, por conceber esse estudo como o mais apropriado para suas investigações a respeito da gênese do conhecimento.

     O objetivo da pesquisa de Piaget foi definir, a partir da perspectiva da biologia e de outras ciências, como o sujeito passaria de um conhecimento menor adquirido anteriormente para um nível de maior complexidade.

     A abordagem piagetiana estabelecia uma relação de interdependência entre o sujeito e o meio e também, preconizava que cada estímulo emite uma resposta, entretanto, Piaget dizia que para que isso ocorresse era necessário que o indivíduo e seu organismo fossem capazes de fornecer tal resposta.

     Na perspectiva piagetiana, o indivíduo não é uma folha em branco, nem traz consigo o conhecimento inato, mas é um ser que interage com o meio em que está inserido, para construir o conhecimento. Nesse sentido, o processo de desenvolvimento cognitivo do indivíduo inicia-se ao nascimento e termina na vida adulta.

     Piaget sugere que há uma evolução natural cognitiva da aquisição de conhecimentos, nos quais as pessoas passam de um estado de total desconhecimento da realidade que o cerca até o desenvolvimento da capacidade de conhecer o que ultrapassa os limites do que está a sua volta, passando por quatro etapas:

  • Etapa 1: inicia-se com o nascimento da criança e prolonga-se até por volta dos dois anos de idade. Nesta fase o menor se encontra no período sensoriomotor, chegando a uma modalidade de estabilidade biológica e cognitiva que faculta a este estabelecer uma estrutura das palavras ou expressões, isto acontece por volta dos 12 aos 18 meses de idade e é rigorosamente conceitual.
  • Etapa 2: finalizada a fase anterior, a criança insere-se no estágio pré-operatório, fundamentado no estabelecimento ainda inicial de uma estrutura operatória e se mantém nessa etapa até completar maios ou menos 7 a 8 anos de idade.
  • Etapa 3: denominada de operatório concreto. Essa fase inicia-se ao final da segunda etapa e estrutura-se na competência do menino(a) de sistematizar atividades bem ordenadas intelectualmente. portanto, o pensamento deixa de ser abstrato, tornando-se capaz de resolver problemas concretos. Essa etapa tem duração em média, dos 11 aos 12 anos de idade.
  • Etapa 4: inicia-se ao término da terceira fase e a pessoa permanece nela por toda sua vida de adulto. É o chamado período operatório formal, em que acontece a ampliação da capacidade cognitiva, na qual o indivíduo consegue raciocinar sobre hipóteses. Essa fase acontece por volta dos 14 aos 15 anos de idade e o acompanha ao longo da sua existência.

     Assim, a teoria piagetiana envolveu basicamente dois processos: assimilação e acomodação.

   A assimilação é a incorporação de um novo conceito ou experiência em um conjunto de conhecimento, chamado por Piaget de esquemas e mecanismos já existentes, por meio da própria atividade do indivíduo.

     Já a acomodação é o processo pelo qual as crianças modificam suas ações, a fim de manejarem e ampliarem novos objetos ou experiências. Os processos de assimilação e acomodação são complementares e se mostrarem presentes em toda a vida do sujeito, permitindo a adaptação intelectual.

     O resultado dessas sucessivas assimilações e acomodações é chamado por Piaget de "equilibração", conceito central da teoria construtivista do conhecimento. É o processo de autorregulação que consiste numa passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para outro de equilíbrio superior. Sendo assim, o desenvolvimento mental é uma construção sucessiva.

    Embora Piaget não tenha sido um educador, a sua teoria orientou em muito as questões educacionais. Inclusive na Educação Especial da educadora Barbel Inhelder, citada por Montoan, que desenvolver um estudo aplicando a teoria psicogenética em portadores de deficiência mental. 

    Conforme tal estudo, em sua evolução intelectual a criança com deficiência passaria pelos mesmos estágios da criança normal. Porém, enquanto na criança normal há uma aceleração progressiva do pensamento operatório, na deficiência observa-se lentidão ou até estagnação em relação ao seu raciocínio.

     Segundo Montoan, todas as contribuições inovadoras indicam novas possibilidades na educação de pessoas com deficiência mental. Uma das implicações é a inclusão educacional que contribui para o desenvolvimento das estruturas lógicas concretas.

     No próximo post daremos continuidade a este estudo, refletindo sobre outra abordagem atualmente muito discutida na esfera educacional, que é o sociointeracionismo de Vygotsky. Até lá!😏


     

sábado, 27 de abril de 2024

Legislação, caracterização e classificação da deficiência

 Legislação, caracterização e classificação da deficiência



     Olá! Seja bem-vindo(a)! Hoje daremos continuidade ao estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre a legislação, caracterização e classificação da deficiência.

     Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal do Brasil, o atendimento educacional especializado constituiu-se como dever do Estado, preferencialmente na rede regular de ensino (artigo 208). Ao final da década de 1980 foi aprovada a Constituição Federal (Brasil, 1988), que dá as seguintes providências:

  • A constituição garante a educação para todos e isso significa que é para todos mesmo e para atingir o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania, entende-se que essa educação não pode realizar-se em ambientes segregados.
     Dois anos depois, foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Brasil, 1990) como resposta às diretrizes internacinais estabelecidas pela Convenção dos Direitos da Criança (ONU, 1989). O ECA priorizou a criança e o adolescente e estabeleceu os direitos e os deveres do Estado para com todas as crianças e jovens brasileiros.

     Em relação às pessoas com deficiência, o ECA ressalta que terão atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) e deverão ser atendidos, preferencialmente, no sistema regular de ensino, além de terem assegurados e protegido seu trabalho. Algumas dessas conquistas são:
  • o direito de proteção integral da criança;
  • o direito de ser ouvido;
  • o direito da criança e do adolescente de ter direitos, e
  • a criação dos conselhos tutelares nos municípios, os quais têm como atribuição proteger a criança e o adolescente sempre que os seus direitos forem violados ou ameaçados por ação ou emissão da sociedade ou do estado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis, em razão de sua condulta.
     Com tais direitos garantidos, em tese, as crianças e adolescentes deficientes não deveriam encontrar nenhuma dificuldade para receber um diagnóstico correto e um tratamento efetivo, ambos pautados em pesquisas científicas, para experimentar a inclusão social e escolar.

   No Brasil, a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência está regulamentada pela Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989 e regulamentada pelo Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999 (Brasil, 1999), que traduz os conceitos sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

     A Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, foi criada para garantir às pessoas com deficiência a sua integração social. O documento legal tem como normas gerais assegurar o pleno exercício dos direitos básicos deste grupo social, incluindo o direito à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer e à previdência social. No âmbito educacional, a lei reforça os direitos da criança e do jovem com deficiência à educação quando estabelece como crime:

(...) punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa:
I. recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de um aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta. (Brasil, 1989, p.274).

     A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) foi reestruturada a partir da Lei n. 7.853/89 e tornou-se o órgão responsável pela coordenação das ações governamentais relacionadas à pessoa com deficiência (Brasil, 1989).

     A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) - Lei n. 9.394/96 inova ao inserir um capítulo próprio (Capítulo V), que trata especificadamente dos direitos dos "educandos portadores de necessidades especiais" (art. 58) à educação "preferencialmente" nas escolas regulares, e institui o dever do Estado de estabelcer os serviços, os recursos e os apoios necessários para garantir escolarização de qualidade para esses alunos, assim, como determina como dever das escolas responder a tais necessidades desde a Educação Infantil.

     Ainda a LDBEN/96, prevê em seu artigo 59 os seguintes itens relevantes: currículos, métodos, recursos educativos e a organização específica, terminalidade específica, aceleração de conclusão (para os superdotados), educação para o trabalho, entre outros.

     A Lei n. 10.172 de 2001 aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE, 2001), no que tange à Educação Especial, traçou diagnóstico, diretrizes, objetivos e metas. Indicando a necessidade de promoção da educação especial nos diferentes níveis de ensino, além de ressaltar a articulação e cooperação entre os setores da educação, da saúde e da assistência para o desenvolvimento e aprendizagem das pessoas com necessidades especiais.Por fim, os objetivos e metas definiram ações nas esferas federal, estadual e municipal em prol da educação especial (Brasil, 2001).

     Por sua vez, a Secretaria de Educação Especial do MEC tem o papel de elaborar, implantar, coordenar e acompanhar a política nacional de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas da rede de ensino e de elaborar e aperfeiçoar os instrumentos de coleta de dados utilizados nas pesquisas oficiais realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2003).

     Nesta perspectiva, o direito à educação é traduzido em direito ao ensino regular, que é uma oportunidade de todos os alunos aprenderem juntos, compartilhando espaços e experiências, superando deste modo, a lógica da exclusão. Em especial o público-alvo desta educação especial, em uma perspectiva inclusiva, deve considerar os impasses quanto ao termo "necessidades educacionais especiais", além de outros aspectos relacionados à inclusão escolar.

     No próximo post, refletiremos sobre a Abordagem psicanalítica e a epistemologia genética da deficiência intelectual.😉


     

     

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora - Aspectos históricos, conceito e etiologia da deficiência intelectual.

    Estudo do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora - Aspectos históricos, conceito e etiologia da deficiência intelectual


       Olá! Seja bem-vindo(a)! Hoje iremos iniciar um estudo resumido do Livro: Deficiência intelectual, física e psicomotora, das autoras Márcia Siécola e Cleussi Shneider. Neste estudo refletiremos sobre os aspectos históricos, conceitos, classificação, causas, etiologia, legislação pertinente, abordagem psicanalítica e epistemológica da deficiência intelectual, física e psicomotora.

     Além disso, o estudo reflete também, sobre a prática pedagógica com alunos com deficiência intelectual e/ou deficiência física, tratando sobre a inclusão de crianças com deficiência, acessibilidade, adaptações curriculares e procedimentos de ensino, além dos distúrbios e alterações psicomotoras.

    Segundo relatórios da ONU (2008), o termo deficiência é conceituado como toda ou qualquer implicação que prejudica a integridade física de um ser humano, trazendo prejuízos em relação à locomoção, coordenação de movimento, fala e compreensão, afetando também, o convívio social.

       A deficiência causa danos, seja em crianças que já nasceram com alguma condição congênita, como a paralisia cerebral por exemplo, seja em um jovem que sofreu um acidente e por isso, ficou com alguma deficiência, ou pessoas com artrite severa, mal de Alzheimer ou de Parkinson. Temos que ter consciência que a deficiência faz parte da condição humana.


1.1. Aspectos históricos, conceito e etiologia da deficiência intelectual:

      Durante a antiguidade, as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência não recebiam nenhum tipo de cuidado especial, pelo contrário, eram condenadas à morte. Principalmente nas sociedades que cultuavam o corpo e a beleza.

     As pessoas com deficiência intelectual passaram a ser consideradas passíveis de serem educadas somente no século XIX, graças ao trabalho do médico Jean Itard (1774-1838) - considerado o primeiro teórico de Educação Especial - com o menino Victor de Aveyron, conhecido como o "menino selvagem".

    O trabalho de Itard se baseava na teoria empirista do conhecimento. Contudo, a importância atribuída aos fatores biológicos em detrimento dos fatores socioambientais perdurou até os anos cinquenta, quando a noção de "irrecuperabilidade e constitucionalidade da condição de doença mental" começou a inserir em suas proposições aspectos socioeducacionais, inicialmente publicadas na quinta edição do manual da Associação Americana de Retardo Mental (American Association on Mental Retardation - AARM).

     A forma de visualizar a deficiência modifica-se de forma lenta e tímida com o passar do tempo e passou-se então,  a ter certa tolerância ao convívio com as pessoas com algum tipo de deficiência. Observa-se que não acontecia mais a prática do extermínio, mas sim, a ocultação e a exclusão das pessoas denominadas diferentes. As pessoas com deficiência eram excluídas totalmente do convívio social.

       Exemplo dessa prática retira-se da literatura da história do Corcunda de Notre Dame, obra de Vitor Hugo, ambientada na Paris medieval, que retratava a cultura de uma época e a dificuldade em aceitar e conviver com um ser humano com alguma anomalia.

       O personagem principal é um deficiente, filho de ciganos, que ao ficar órfão é recolhido por padres e passa a morar na  Catedral de Notre Dame.

       Na atualidade, século XXI, o pressuposto que direciona a realidade dos indivíduos com deficiência é o da diversidade. Essa categoria tem como meta introduzir na sociedade tecnológica e no mercado de trabalho esse ser humano com carências, tendo como parâmetro básico suas reais potencialidades.

     Todavia, sabe-se que essa realidade precisa ainda ser ajustada, para que as instituições e a comunidade possam garantir seus direitos sociais e individuais e a sua participação efetiva dentro da sociedade.

      Contudo, é necessário evidenciar que a diversidade é um protótipo recente e precisará de tempo para ser incorporado por todos os segmentos da sociedade.

      No próximo post, refletiremos sobre a Legislação, caracterização e classificação da deficiência intelectual. Um abraço, e até logo!😉

domingo, 24 de março de 2024

Cards do Alfabeto Maiúsculo E Minúsculo Completo Com Letra Bastão Para imprimir

 Cards do Alfabeto Maiúsculo E Minúsculo Completo Com Letra Bastão Para Imprimir


   Trabalhar com cards de alfabetização com crianças é uma estratégia educacional poderosa por várias razões:


1. Visualização e Associação: Os cards fornecem uma representação visual das letras, o que ajuda as crianças a associarem os símbolos escritos com seus sons correspondentes.


2. Memorização: A repetição é fundamental para a aprendizagem, e os cards oferecem uma maneira prática de revisar o alfabeto várias vezes. Isso ajuda na memorização das letras e de suas sequências.


3. Aprendizagem Multissensorial: Ao manusear os cards, as crianças estão envolvendo não apenas a visão, mas também o tato, o que pode ajudar na retenção do conhecimento.


4. Flexibilidade: Os cards são versáteis e podem ser usados de várias maneiras, desde jogos de correspondência até atividades de formação de palavras. Isso permite que os educadores adaptem as atividades de acordo com as necessidades e interesses das crianças.


5. Inclusão: Os cards podem ser utilizados para crianças com diferentes estilos de aprendizagem e níveis de habilidade, oferecendo uma abordagem inclusiva para o ensino da alfabetização.


6. Motivação: As atividades com cards podem ser divertidas e envolventes, o que ajuda a manter o interesse das crianças na aprendizagem do alfabeto.


   No geral, trabalhar com cards de alfabetização proporciona uma abordagem prática e eficaz para ensinar as crianças sobre as letras e seus sons, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades fundamentais de leitura e escrita.

  Precisa de Cards do Alfabeto para trabalhar com seus alunos? É só clicar no link abaixo e imprimir seus cards. Eles vêm com letra bastão, tamanho maiúsculo e minúsculo. Perfeito para trabalhar com turmas de Alfabetização.

  Dica: você pode imprimir e plastificar seus cards, assim, terão maior durabilidade. Bom trabalho! 😉

    


LINK DISPONÍVEL:


https://drive.google.com/file/d/10ovtaqQzRxSAXlTEwRO3zgCBHGj5usjO/view?usp=sharing

    


sábado, 14 de outubro de 2023

Atividades De Matemática Prontas Para Imprimir!


          Atividades de Matemática Prontas Para Imprimir

     Atividades de identificação, contagem e pontilhados de números do 1 ao 9 prontos para imprimir totalmente gratuito! Clique no link e baixe agora!



LINK DISPONÍVEL: 


https://drive.google.com/file/d/1t9rk5pI1PViT4GXSUl2gAPjAlZo51qAh/view?usp=sharing


 Cubrir pontilhados dos números é uma atividade comum encontrada em materiais didáticos para crianças em fase de pré-escolar ou no início do ensino fundamental. Esta atividade é importante por várias razões:

1. Coordenação Motora: Ao traçar linhas sobre os pontilhados, as crianças estão praticando e aprimorando sua coordenação motora fina, o que é crucial para o desenvolvimento de habilidades como escrita e manipulação de objetos.


2. Reconhecimento de Números: Ao acompanhar os pontilhados na ordem correta, as crianças estão praticando a sequência numérica e familiarizando-se com a forma dos números.


3. Pré-Escrita: Traçar os pontilhados é uma preparação para a escrita formal. Isso ajuda as crianças a praticar os movimentos necessários para formar letras e números mais tarde.


4. Concentração e Foco: A atividade de traçar os pontilhados requer atenção e foco, o que ajuda a desenvolver essas habilidades importantes.


5. Confiança: Conforme as crianças dominam a atividade de traçar os pontilhados, elas ganham confiança em suas habilidades motoras e cognitivas, incentivando o aprendizado contínuo.


    Essas são apenas algumas das razões pelas quais a atividade de cobrir pontilhados dos números é considerada importante no desenvolvimento infantil. Ela oferece uma base sólida para habilidades futuras, tanto na matemática quanto na escrita.

sábado, 9 de setembro de 2023

Práticas de Alfabetização: Aprendendo a Ouvir

Práticas de Alfabetização:  Aprendendo a Ouvir



     Olá! Seja muito bem-vindo (a)! Hoje daremos início ao estudo do livro Práticas de Alfabetização - Livro do Professor Alfabetizador - MEC.

     O capítulo “Aprendendo a Ouvir” refere-se a uma das habilidades mais fundamentais para a alfabetização das crianças. Quando lemos, resgatamos um episódio de fala, com suas sonoridades, pausas e expressões. As pesquisas da ciência da leitura mostram que entender a sílaba, a palavra e seus sons é um acelerador da aprendizagem da leitura e da escrita.

     Vamos começar pelo início. Sabemos que as letras representam as unidades de som chamadas fonemas. Assim, o primeiro passo para dominar os fonemas e, posteriormente, o princípio alfabético é saber distinguir sons da fala. Identificar o timbre e a posição da fonte sonora é habilidade indispensável para que os alunos desenvolvam a sensibilidade de distinção sonora. Por meio desta estratégia, você incentivará os alunos a reconhecerem sons de diferentes fontes posicionadas em diferentes locais.

     Essa parece uma estratégia de ensino muito simples. Você pode pensar que as crianças adquirem naturalmente a habilidade de reconhecer sons, e que essa habilidade dispensa ensino explícito. Mas não é bem assim.

     A sensibilidade auditiva pode ser aprimorada por meio da prática, isto é, pela lo-calização, diferenciação, caracterização e sequência de diferentes sons. Para esta estratégia, sugerimos priorizar as onomatopeias, que favorecem a habilidade de reconhecer e discriminar corretamente os sons da fala.

     Ao se referir ao processo de alfabetização, a versão final da BNCC discorre sobre a importância da consciência fonológica.

     Veja a transcrição do texto presente na página 90:

     Aprendendo a Ouvir  Estratégia de Ensino: Reconhecimento de sons conhecer a “mecânica” ou o funcionamento da escrita alfabética para ler e escrever significa, principalmente, perceber as relações bastante complexas que se estabelecem entre os sons da fala (fonemas) e as letras da escrita (grafemas), o que envolve consciência fonológica da linguagem: perceber seus sons, como se separam e se juntam em novas palavras etc.

    Você sabia que as crianças podem apresentar dificuldades sérias no processo de alfabetização, quando a consciência dos sons falados não é estimulada ou desenvolvida adequadamente? Embora seja fundamental para aprender a ler e escrever, é uma carência de muitos alunos.

     Atividades com o objetivo de reconhecer e discriminar sons podem ser realizadas em qualquer momento com as crianças. Não é preciso um tempo e um lugar especial.

    Por exemplo, se você está com seus alunos na fila para o lanche, por que não aproveitar o momento e realizar esta estratégia?

  Utilize sua voz para produzir sons. Não é preciso muito para brincar com os sons da fala. Dessa forma, você estará auxiliando seus alunos a desenvolverem um ouvido atento.

     Apesar de simples e divertida, esta estratégia contribui, de forma importante, para que posteriormente as crianças se tornem capazes de ler e escrever com autonomia e compreensão.

     Os alunos conseguem identificar a direção do som? Se, durante a prática, você notar que alguns alunos não identificam corretamente a direção sonora, peça-lhes que apontem, com os olhos fechados, o local, enquanto você se desloca pronunciando o som.

     Os alunos conseguem identificar o que produziu o som? Para auxiliar as crianças, mantenha-se no mesmo lugar e pronuncie diferentes sons. Durante a prática, elas deverão permanecer de olhos fechados e responder apenas o que produziu o som.


     Abaixo, seguem sugestões de estratégias para que o aluno possa reconhecer os sons. Você pode utilizar suas próprias ideias e fazer as modificações que desejar.

1. Bater palmas

2. Apito

3. Chocalho

4. Bater pés no chão

5. Bater na porta

6. Estalar dedos

7. Amassar sacola plástica

8. Bater colher num copo ou garrafa

de vidro.


1. Amassar papel

2. Esvaziar rapidamente balão

3. Arrastar cadeira

4. Flauta doce

5. Tambor

6. Abrir zíper de mochila

7. Bater duas canetas esferográficas

contra a outra


     Variação: nesta estratégia, é possível também utilizar a voz para fazer sons! Esta é uma boa oportunidade de trabalhar com os alunos as onomatopeias, ou seja, palavras que imitam um som específico.

1. Grunhido do porco (oinc-oinc)

2. Rugido do leão (rrr)

3. Som do relógio (tique-taque)

4. Latido do cão (au-au)

5. Miado do gato (miau)

6. Mugido da vaca (muuu)

7. Som de batida na porta (toque-toque)

8. Cacarejar do galo (cocoricó)


1. Buzina de carro (fom-fom, bi-bi)

2. Som de sinos (blém-blém)

3. Cricrido do grilo (cri-cri)

4. Coaxar do sapo (croc-croc)

5. Balido da ovelha (mé)

6. Som da campainha (dim-dom)

7. Toque do telefone (trim-trim)


Prática individual:

     Quando os alunos identificarem consistentemente a direção e o item que produziu o som, repita a prática individualmente utilizando outros estímulos sonoros. Pratique mais vezes com os alunos que apresentaram dificuldades ou cometeram erros.

SUGESTÃO DE SUPORTE PARA ERROS E DIFICULDADES ESPERADAS

•Verifique se os alunos estão conseguindo identificar de onde veio o som e o que o produziu. Se um erro for cometido, repita as etapas explicando, modelando e fornecendo outras oportunidades de prática.

     Até o próximo post!

Fonte: Livro do Professor Alfabetizador - MEC

Atividades Para Fazer Com As Crianças Durante As Férias

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