segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Sistema De Comunicação Prático Para Alunos Com Autismo

   Sistema De Comunicação Prático Para Alunos Com Autismo


   Olá! Tudo bem com você? No post de hoje falaremos um pouco sobre o sistema de comunicação  utilizado para alunos com autismo. Vamos lá?

   O aluno com autismo tem uma maior facilidade de comprensão visual, mas é importante fazer uma avaliação para certificar-se de que o sistema de comunicação adotado seja claro para ele. Algumas formas de comunicação para esse aluno são:

  • se já sabe ler, pode adotar-se um sistema de comunicação por meio de uma agenda, utilizando-se a linguagem escrita com palavras claras e precisas, verificando sempre se esse sistema é funcional para esse aluno;
  • se o aluno não lê, mas pareia, verifique se ele compreende cartões com desenhos das atividades e horários colocados em um painel que pode ser fixo na parede, ou móvel, de forma que o aluno possa carregá-lo. Avalie essa forma de comunicação, comece com uma ou duas figuras e vá introduzindo aos poucos novas figuras de comunicação à medida que elas forem sendo ensinadas na situação de aprendizagem;
  • se os desenhos não funcionam, tente fotos da mesma forma que a descrita no item anterior;
  • por último, se as fotos não funcionam tente objetos concretos que se relacionem ao máximo com a atividade proposta. Por exemplo: prato para pedir comida, copo para bebida.

   Formas de comunicação da rotina para crianças com autismo e deficiência intelectual com muita dificuldade de compreensão:


  • você pode colocar três atividades (que a criança já tenha aprendido) em três cestas sobre uma estante à esquerda da criança, ao lado da mesa dela e ensiná-la a pegar uma cesta por vez da esquerda para a direita, executar a atividade e colocá-la depois de feita em uma cesta de PRONTO;
  • um recurso muito bom para a comunicação em algumas atividades é a música. A música pode servir para marcar tempo como o tempo do lanche, por exemplo, o tempo de pausa na sala, de realização de uma determinada atividade, além de poder também marcar ritmo e poder ajudar a dar ideia de sentimentos;
  • lembre-se que a comunicação verbal é também parte do que você vai ensinar ao seu aluno e como você vai ensinar uma atividade por vez, não baseie nunca o ensino na explicação verbal.
    No próximo post, vamos estudar sobre o material pedagógico utilizado com os alunos com autismo. Abraços e até lá!😏


                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Alterações Do Comportamento Adaptativo Das Crianças Com Autismo

    Alterações Do Comportamento Adaptativo Das Crianças Com Autismo




   Olá! Seja muito bem vindo(a)! No post de hoje refletiremos sobre as alterações de comportamento nos alunos com autismo.

    As alterações do comportamento adaptativo compreendem as manifestações do aluno que prejudicam o aprendizado da criança autista e seu relacionamento social.

   Geralmente, a principal queixa, tanto de professores quanto de pais de alunos com necessidades educacionais especiais, refere-se aos problemas de comportamento e como apreder a lidar com eles de maneira adequada.

   As alterações do comportamento adaptativo mais comuns podem ser:

  • gritos constantes ou frequentes;
  • choros sem causa aparente;
  • risos ou gargalhadas repentinos sem causa aparente;
  • agressões dirigidas ao professor, a outro aluno ou a si mesmo;
  • obsessão por determinados assuntos ou objetos;
  • hábitos alimentares estranhos, falta de apetite ou compulsão por comida;
  • recusar-se a ir à escola ou entrar na sala de aula;
  • recusar-se a andar;
  • recusar-se a realizar as tarefas;
  • impulsos destrutivos de arremessar ou quebrar objetos.
   A primeira regra, de caráter geral, para enfrentar as alterações de comportamento adaptativo é:
  • reforçar sempre o comportamento adequado e nunca reforçar o comportamento inadequado;
  • não reforçar o comportamento inadequado representa ignorá-lo, mas existem várias maneiras de fazê-lo e existem também exceções:
- se o aluno começar a gritar é preciso observar se existem condições para ignorá-lo ou se ele deve ser conduzido a algum lugar onde não atrapalhe os outros alunos;

- se o aluno tem hábitos destrutivos, não pode ser apenas ignorado. O professor deverá redirecioná-lo para o trabalho sem dizer uma única palavra. Não deve tentar explicar nada ao aluno, porque mesmo inteligente, não compreenderá toda a explicação, até por estar contrariado por ter sido interrompido e muito provavelmente a explicação será um reforço para este ou outros comportamentos indesejáveis;

- se o aluno arremessou objetos ou materiais, a primeira ideia do professor é fazer com que o próprio aluno recolha o que jogou.. Nem sempre isso funciona, pois é possível que o aluno recolha tudo e ao terminar esteja mais alterado que no início, jogando tudo novamente para o alto. Na dúvida, o professor pode redirecionar a atenção do aluno para o trabalho e pedir a alguém que recolha os materiais;

- se o aluno está alterado ao ponto de não conseguir sua atenção, o professor deve acalmá-lo, sentando-se junto dele, colocando as mãos suavemente sobre ele e apenas esperar. O professor deve manter-se em silêncio, ou apenas sussurrar poucas palavras como "calma, estou aqui", uma única vez. Aos poucos, ao sentir o aluno mais calmo, o professor pode fazer uma nova tentativa e conduzi-lo ao trabalho.

Sugestões para evitar alterações do comportamento adaptativo:

  • tente manter seu aluno sempre ocupado;
  • organize uma rotina diária previsível;
  • comece sempre com tarefas curtas e pouco material, aumentando-os sempre com muita segurança;
  • tenha sempre muito cuidado na organização das tarefas para que seu aluno consiga compreender totalmente a proposta;
  • fale pouco, principalmente no começo;
  • observe cuidadosamente seu aluno para ver se existe algum fator desencadeante dos problemas de comportamento;
  • observe se tem rituais de comportamentos que acabam desencadeando o descontrole;
  • incentive a comunicação de seu aluno colocando a sua disposição mecanismos para pedir ajuda, pedir para ir ao banheiro, pedir para parar etc.

Sugestões para resolver os problemas de comportamento:

  • pense que não é possível aceitar que seu aluno se recuse a trabalhar. Caso isso ocorra, vá mudando a rotina, colocando quantidades mínimas de trabalho por vez, intercaladas com intervalos nos quais o aluno faça alguma coisa de que ele gosta muito. Aos poucos vá aumentando os períodos de trabalho;
  • se você identificou algum fator desencadeante do problema, evite-o nos momentos de trabalho, mas crie situações especiais nas quais eles apareçam por um tempo mínimo e, sempre em situações especiais, vá aumentando o tempo de exposição do aluno;
  • descubra e registre em suas anotações as atividades de que seu aluno gosta e as atividades de que não gosta;
  • faça tentativas, com intervalos de tempo entre elas, de oferecer vagarosamente a seu aluno atividades de que ele não gosta;
  • reforce todos os comportamentos adequados de seu aluno, mas sem exageros. O elogio efusivo pode também descontrolá-lo;
  • caso você tenha observado algum ritual (ações em sequência) que culminam em descontrole, interrompa a sequência ao primeiro indício;
  • quando tiver estabelecido um sistema de comunicação eficiente com seu aluno, comece a introduzir, aos poucos, descontinuidades na rotina diária;
  • é importante que o aluno o identifique como alguém que lhe dê segurança, isto é, que o reconforta, mas que também estabeleça limites;
  • mantenha um registro das ocorrências o mais preciso possível;
  • é muito importante que o professor mantenha o controle emocional;
  • depois de constatar que seu aluno já está familiarizado com seu sistema de trabalho, introduza o NÃO ao seu sistema de comunicação e comece a responder com um NÃO a alguns pedidos dele;
  • se o seu aluno ainda não sabe ir sozinho ao banheiro, acompanhe-o em intervalos curtos e regulares de tempo e vá aumentando um registro para determinar o horário mais adequado. Caso ocorra algum acidente, a atitude que costuma dar melhor resultado é ignorar o ocorrido e diminuir temporariamente os intervalos de banheiro. Peça que a família colabore agindo com a criança de forma conjunta à escola.
   No próximo post, veremos sobre o sistema de comunicação para alunos com autismo. Abraços e até lá!😏


                                                                                                          Fonte: Saberes e práticas da inclusão - MEC.

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